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11-03-2014

Viver 500 anos – sonho ou realidade?

Os cientistas do Buck Institute of Age Research realizaram recentemente uma experiência muito promissora sobre a longevidade, com o verme C. elegans. Em Dezembro de 2013 publicaram os resultados que obtiveram online, no Cell Reports. Multiplicar por cinco a duração da vida humana… e se este sonho se tornasse realidade?

O envelhecimento pode ser modulado por factores genéticos e ambientais. As alterações nas vias de sinalização da insulina (IIS) e do alvo da rapamicina (TOR), os diversos sinais provenientes do sistema reprodutor e a restrição alimentar afectam de forma significativa o tempo de vida.
Os investigadores californianos conseguiram inibir geneticamente no verme C. elegans:
    - As moléculas chave envolvidas na sinalização da insulina (IIS) como o IGF-1,
    - O alvo da via de sinalização da rapamicina TOR (Target Of Rapamycin – alvo da rapamicina), que regula a proliferação, o crescimento, a mobilidade e a sobrevida celular.
As mutações únicas ao nível do gene TOR provocam habitualmente um prolongamento do tempo de vida de 30%, ao passo que as mutações ao nível do IIS se traduzem frequentemente por uma duplicação do tempo de vida; consequentemente, juntas, deveriam prolongar a longevidade em 130%. Mas, segundo o autor principal deste estudo: “Em vez disso, o que temos aqui é uma multiplicação por cinco do tempo de vida graças a esta sinergia.” e “As duas mutações desencadearam um circuito de retroacção positivo nos tecidos periféricos que amplificou o tempo de vida. Basicamente, estes vermes viveram o equivalente a 400 ou 500 anos de vida humana.”

O autor indica que não existirá apenas um único gene da longevidade, mas sim várias interacções e acções sinérgicas entre tais genes, à semelhança do que já foi demonstrado na investigação sobre o cancro e o HIV. “Nos primeiros anos, os investigadores que estudavam o cancro centraram a sua atenção nas mutações de um único gene, mas depois tornou-se evidente que o motor da progressão da doença são as várias mutações numa classe de genes” . E é provável que se passe o mesmo com o envelhecimento.
Este estudo poderia assim ajudar a explicar por que razão os cientistas têm dificuldade em identificar genes únicos que permitem a determinados seres humanos tornarem-se centenários. “É muito provável que as interacções entre os genes sejam cruciais para os sortudos que vivem muito tempo e com saúde.”

O Buck Institute é o primeiro organismo de investigação independente nos Estados Unidos dedicado às ciências gerontológicas – centradas na ligação entre o envelhecimento e as doenças crónicas – utilizando uma abordagem interdisciplinar única, que associa laboratórios que estudam os mecanismos do envelhecimento e laboratórios que estudam doenças específicas. Os cientistas esforçam-se por descobrir novas formas de detectar, prevenir e tratar as doenças associadas à idade, tais como a doença de Alzheimer, a doença de Parkinson, o cancro, as doenças cardiovasculares, a DMLS, a osteoporose, a diabetes e os AVC.

O doutor Pankaj Kapahi, especialista em investigação sobre a longevidade e autor principal deste estudo (que entrou para o Buck Institute em 2004) já salientou o papel crucial da alimentação no envelhecimento e nas doenças associadas à idade. Ele explora os mecanismos moleculares que visam prolongar o tempo de vida com saúde. Já constatou que uma dieta pobre em proteínas podia prolongar a vida das moscas da fruta (drosófilas) por conduzir a uma maior produção de energia pelas mitocôndrias, por meio da sinalização de crescimento TOR, implicada no cancro e na diabetes. Foi o primeiro a demonstrar que a via TOR estava estreitamente relacionada com a restrição alimentar.

Pondera, junto com a sua equipa, realizar esta mesma experiência por terapias combinadas em pequenos mamíferos (ratinhos geneticamente modificados) para suprimir a via de sinalização da insulina e depois tratá-los com rapamicina – um medicamento bem conhecido para bloquear a via de sinalização TOR – por forma a verificar se reagem da mesma forma que o verme C.elegans.

Por agora, os dados científicos recentes indicam que substâncias totalmente naturais podem, elas também (em concentrações exactas) inibir o gene mTOR (mammalian target of rapamycin - alvo da rapamicina nos mamíferos). Estes análogos naturais da rapamicina ou “Natural Rapalogs” são a curcumina, o EGCG do chá verde, o resveratrol, a fisetina e a salicilina extraída do salgueiro-branco.
Fonte:
Germline Signaling Mediates the Synergistically Prolonged Longevity by Double Mutations in daf-2 and rsks-1 in C. elegans. Publishing online December 12, 2013 in Cell Reports. Volume 5, Issue 6, 26 December 2013, Pages 1600–1610
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Natural Rapalogs

Inibidores naturais e eficazes de mTOR

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