Um estudo publicado recentemente no The Journal of the American Osteopathic Association mostra que a vitamina D não pode ser correctamente utilizada pelo organismo quando os índices de magnésio são demasiado baixos. Ora, é esse precisamente o caso para mais de 50% dos ocidentais, afirmam os investigadores.
A vitamina D ficaria portanto armazenada inutilmente no organismo. Um imenso desperdício quando sabemos que as carências em vitamina D atingem actualmente proporções epidémicas (ver As razões pelas quais se torna difícil não tomar suplementos de vitamina D). O problema é que o magnésio não está em melhor situação; os autores do estudo estimam que a alimentação ocidental fornece apenas 50% das recomendações diárias, fixadas em 420 mg para os homens e 320 mg para as mulheres. A pouca vitamina D que circula no organismo (criada a partir dos raios solares ou fornecida pela alimentação e pelos suplementos) é portanto sub-explorada.
Fontes de magnésio elementar | Porção | Quantidade | |
1 | OptiMag (suplemento) | 2 cápsulas | 204 mg |
2 | Sementes de linhaça | 60 ml | 200 mg |
3 | Castanha-do-maranhão | 60 ml | 130 mg |
4 | Feijão branco cozido | 250 ml | 120 mg |
5 | Magnesium Orotate (suplemento) | 3 cápsulas | 105 mg |
6 | Amêndoas tostadas | 60 ml | 100 mg |
7 | Salmão cozido | 100 g | 100 mg |
8 | Castanhas de caju tostadas | 60 ml | 90 mg |
9 | Pinhões | 60 ml | 85 mg |
10 | Amendoins | 60 ml | 85 mg |
11 | Espinafres cozidos | 125 ml | 80 mg |
12 | Lentilhas e ervilhas secas | 250 ml | 75 mg |
13 | Iogurte de soja | 1 iogurte | 70 mg |
14 | Quinoa | 125 ml | 65 mg |
15 | Batata com a casca | 1 média | 50 mg |
Quanto aos suplementos de magnésio, que são muito práticos, não é a quantidade de magnésio que conta, mas sim a qualidade. As formas de magnésio de qualidade medíocre não serão totalmente assimiladas pelo organismo, o que pode provocar sintomas incomodativos (fala-se de diarreia osmótica). Adicionalmente, além de uma determinada quantidade (máximo 400 mg numa toma) o risco também aumenta dado que o organismo é rapidamente esgotado e não consegue assimilar tudo em simultâneo.
É portanto preciso privilegiar uma forma de magnésio com uma boa biodisponibilidade, uma boa solubilidade e uma dosagem moderada em “magnésio elemento”, compreendida entre 100 e 250 mg.
Para fabricar suplementos de magnésio, é preciso conseguir associar o ião positivo (catião) magnésio (Mg2+) a um outro ião negativo (anião). Forma-se assim um “sal de magnésio” ou um “óxido de magnésio”. Os sais de magnésio podem ser de forma orgânica (ou seja, contendo carbono, hidrogénio e oxigénio) ou de forma inorgânica (na qual não encontramos estes três elementos base). É preciso saber que geralmente os sais orgânicos são nitidamente mais assimiláveis e mais úteis para o organismo do que os sais inorgânicos.
Uma vez no estômago, este grupo dissocia-se por efeito da acidez do estômago, o que permite ao magnésio passar através das células do intestino e ser utilizado pelo organismo. Quanto mais este grupo for solúvel, ou seja, capaz de se dissolver no meio líquido do estômago, mais facilidade terá de chegar à mucosa intestinal e passar através dela.
Podemos igualmente formar um complexo mais estável ligando o ião magnésio a um quelante que contenha azoto. Isso resulta em formas de magnésio quelatadas ou amino-complexadas. São os suplementos mais caros de produzir e geralmente os mais absorvidos pelo organismo. Não precisam de ser solúveis pois utilizam o transporte das proteínas para passar através das membranas celulares.
Por fim, parece que alguns sais de magnésio, em particular o lactato de magnésio, o sulfato de magnésio e o cloreto de magnésio, contribuem para uma acidose de baixo nível, ou seja, uma perturbação do equilíbrio ácido-base que se suspeita provocar fugas de cálcio e de magnésio. Por outro lado, o bicarbonato de magnésio seria alcalinizante. Contudo, actualmente existem ainda poucos estudos científicos que permitam validar esta teoria.
Para se orientar melhor, eis uma tabela recapitulativa dos critérios de selecção do seu suplemento de magnésio, baseada em vários estudos (8-11):
Formas de magnésio | Nome | Assimilação | Solubilidade | Outros efeitos |
Sais orgânicos | Citrato de magnésio | Boa | Boa | Alcalinizante |
Malato de magnésio (disponível em suplemento de malato de magnésio) | Boa | Boa | ||
Lactato de magnésio | Má | Média | Acidificante | |
Aspartato de magnésio | Boa | Média | Neuro-excitante | |
Gluconato de magnésio | Boa | Média | ||
Glicerofosfatos | Boa | Boa | ||
Sais inorgânicos | Cloreto de magnésio | Média | Excelente | Acidificante |
Hidróxido de magnésio | Má | Fraca | ||
Carbonato de magnésio | Má | Muito fraca | ||
Bicarbonato de magnésio | Má | Fraca | Alcalinizante | |
Sulfato de magnésio | Má | Fraca | Acidificante | |
Formas quelatadas de magnésio | Orotato de magnésio (disponível em suplemento de orotato de magnésio) | Excelente | Critério não pertinente | |
Glicinato de magnésio | Excelente | Critério não pertinente | ||
Lisinato de magnésio | Excelente | Critério não pertinente | ||
Óxido de magnésio | Óxido de magnésio | Má | Média |
Para maior simplicidade, pode também recorrer a combinações de várias formas diferentes, como o suplemento OptiMag. Este complemento bem conhecido contém nomeadamente, malato de magnésio, citrato de magnésio e glicerofosfato de magnésio, três formas que só apresentam vantagens. E, dado que cada cápsula contém 102 mg de magnésio, pode usá-lo a todas as refeições sem qualquer risco a nível digestivo.
Os pontos essenciais do artigo
O estudo principal do artigo
Anne Marie Uwitonze, Mohammed S. Razzaque. Role of Magnesium in Vitamin D Activation and Function. The Journal of the American Osteopathic Association, 2018; 118 (3): 181 DOI: 10.7556/jaoa.2018.037
Références
1. Seelig MS. Consequences of magnesium deficiency on the enhancement of stress reactions; preventive and therapeutic implications (a review) J Am Coll Nutr. 1994;13:429–46. doi: 10.1080/07315724.1994.10718432.
2. Elisaf M, Merkourpoulos M, Tsianos EV, Siamopoulos KC. Pathogenetic mechanisms of hypomagnesemia in alcoholic patients. J Trace Elem Med Biol. 1995;9:210–4. doi: 10.1016/S0946-672X(11)80026-X.
3. Gommers LM, Hoenderop JG, Bindels RJ, de Baaij JH. Hypomagnesemia in Type 2 Diabetes: A Vicious Circle? Diabetes. 2016;65:3–13. doi: 10.2337/db15-1028.
4. Lima Mde L, Cruz T, Rodrigues LE, Bomfim O, Melo J, Correia R, et al. Serum and intracellular magnesium deficiency in patients with metabolic syndrome–evidences for its relation to insulin resistance. Diabetes Res Clin Pract. 2009;83:257–62. doi: 10.1016/j.diabres.2008.11.019.
5. de Baaij JH, Hoenderop JG, Bindels RJ. Magnesium in man: implications for health and disease. Physiol Rev. 2015;95:1–46. doi: 10.1152/physrev.00012.2014.
6. Shechter M, Merz CN, et al. Oral magnesium supplementation inhibits platelet-dependent thrombosis in patients with coronary artery disease. American Journal of Cardiology1999;84:152-6.
7. Kishimoto Y, Tani M, et al. Effects of magnesium on postprandial serum lipid responses in healthy human subjects. Br J Nutr. 2010 Feb;103(4):469-72. Epub 2009 Nov 27.
8. Coudray C, Rambeau M, Feillet-Coudray C et al (2005) Study of magnesium bioavailability from ten organic and inorganic Mg salts in Mg-depleted rats using a stable isotope approach. Magnes Res Off Organ Int Soc Dev Res Magnes 18:215–223
9. Firoz M, Graber M (2001) Bioavailability of US commercial magnesium preparations. Magnes Res Off Organ Int Soc Dev Res Magnes 14:257–262
10. Lindberg JS, Zobitz MM, Poindexter JR, Pak CY (1990) Magnesium bioavailability from magnesium citrate and magnesium oxide. J Am Coll Nutr 9:48–55
11. Dualé C, Cardot JM et al. An Advanced Formulation of a Magnesium Dietary Supplement Adapted for a Long-Term Use Supplementation Improves Magnesium Bioavailability: In Vitro and Clinical Comparative Studies, Biol Trace Elem Res. 2018 Mar 9. doi: 10.1007/s12011-018-1277-2.
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