
A novidade foi difundida em todos os meios de comunicação em França e não só! “A falta de vitamina C aumentaria o risco de AVC”, “As vítimas de AVC têm carências em vitamina C”!
Esta vitamina essencial ainda não nos desvendou todos os seus segredos… É o que revela um estudo francês que será apresentado na 66ª reunião anual da academia americana de neurologia, que terá lugar em Filadélfia no final de Abril de 2014.
Este estudo mostra portanto claramente que um nível elevado de vitamina C no sangue poderia reduzir o risco da forma mais comum de acidente vascular cerebral hemorrágico, que se caracteriza por derrames ao nível do cérebro. Mesmo sendo menos frequentes que os AVC isquémicos, os AVC hemorrágicos estão mais frequentemente associados a um risco acrescido de mortalidade.
Para chegar a estes resultados, os investigadores do hospital universitário Pontchaillou em Rennes compararam os níveis de vitamina C no sangue em 65 pacientes que haviam sofrido um AVC hemorrágico espontâneo ou uma ruptura de um vaso sanguíneo no cérebro com os níveis sanguíneos de um número igual de sujeitos saudáveis, do grupo de controlo.
41% dos sujeitos apresentavam níveis normais de vitamina C, 45% evidenciavam níveis baixos de vitamina C e 14% foram considerados como tendo deficiências desta vitamina.
Em média, os indivíduos que haviam sofrido um AVC tinham níveis menores de vitamina C (35,3 micromoles por litro) comparativamente aos do grupo de controlo – cujos níveis eram normais (56,2 micromoles por litro). Por comparação, os indivíduos com escorbuto – doença causada por uma carência grave de vitamina C – têm uma concentração plasmática de vitamina C inferior a 11 micromoles por litro e estão sujeitos a múltiplas manifestações hemorrágicas.
Níveis baixos de vitamina C no sangue foram também associados, aquando deste estudo, a um período de hospitalização mais prolongado.
“Os nossos resultados mostram que a deficiência em vitamina C deveria ser considerada como um factor de risco deste tipo de acidente vascular cerebral, tal como a hipertensão arterial, o consumo de álcool e o excesso de peso”, afirmou o Dr. Stéphane Vannier, autor deste estudo.
E acrescenta que
“deveriam realizar-se investigações suplementares para compreender precisamente de que forma a vitamina C permite reduzir o risco de AVC” , por exemplo demonstrando que a vitamina C está intimamente envolvida em mecanismos fisiopatológicos múltiplos como a regulação da tensão arterial ou ainda a formação do colagénio – indispensável à integridade das paredes dos vasos sanguíneos.
Por esta razão, é importante lembrar que a vitamina C é “A base” de todo e qualquer programa de suplementação ortomolecular e que a alimentação por si só não é suficiente para fornecer níveis suficientes desta vitamina, que é essencial e muito sensível, em especial ao calor e ao armazenamento.
Comunicado de imprensa:
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