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26-01-2015

O Picamilon: um efeito benéfico no metabolismo do cérebro

Picamilone O Picamilon é uma engenhosa combinação de GABA (ácido gama-amino-butírico) e de niacina (vitamina B3) numa única e mesma molécula. Uma ligação química permitiu obter um composto único que fornece um amplo leque de efeitos benéficos novos, nomeadamente a nível da cognição. A potência e a duração da sua acção são superiores à da vitamina B3 ou do GABA, tomados em separado. Estudos realizados por investigadores russos mostram que o Picamilon melhora a circulação sanguínea no cérebro, o controlo nervoso, o tempo de recuperação após o trabalho, a tensão arterial e a memória. Foi utilizado, por exemplo, em casos de fadiga, irritabilidade, depressão, falta de energia, ansiedade ou consumo excessivo de álcool.

A modificação química de vitaminas amplamente utilizadas é uma das tendências marcantes na investigação de novas substâncias terapêuticas.
Uma das grandes vantagens das substâncias semelhantes às vitaminas é o seu amplo espectro de acção, a facilidade com que atravessam as membranas celulares, a sua fraca toxicidade e os seus efeitos secundários raros.
O vasto espectro de acção destas substâncias não está somente ligado à sua influência nos processos metabólicos não específicos, mas também à sua acção em diversos sistemas de neurotransmissores.
A vitamina B3 foi seleccionada como meio de transporte da molécula GABA em virtude das suas propriedades farmacológicas, da sua baixa toxicidade e da sua biodisponibilidade elevada. Era realista supor que uma combinação de vitamina B3 e de GABA aumentaria o poder de cada um dos dois constituintes.

Aumenta a circulação sanguínea cerebral

Estudos realizados com animais mostraram que o Picamilon exerce uma acção positiva na circulação sanguínea para o cérebro.
Trata-se de um potente vasodilatador que aumenta claramente o fluxo e a circulação sanguínea. Investigações realizadas por cientistas russos indicam mesmo que, neste aspecto, a sua eficácia é superior à da hidergina, da vinpocetina e do nicotinato de xantinol.
A sua acção na circulação sanguínea cerebral e na regulação neuronal foi estudada em gatos anestesiados ou consciente e em coelhos não anestesiados. O Picamilon estimula a circulação cerebral e reduz o tónus vascular nos dois sistemas arteriais do cérebro. O Picamilon aumentou o fluxo sanguíneo em todos os animais estudados. O aumento do aporte sanguíneo ao cérebro dos animais conscientes foi mais marcado do que nos gatos com anestesia geral. O Picamilon baixou a tensão arterial. Estes efeitos manifestaram-se da mesma forma, independentemente da via de administração do produto – oral ou intravenosa.
A força e a duração dos efeitos vasculares do Picamilon são muito superiores aos dos GABA e da vitamina B3.
Em condições experimentais semelhantes, 10 mg/kg de GABA administrados por via intravenosa não provocam qualquer alteração no fluxo sanguíneo cerebral. Só com uma dose de 300 mg/kg é que se verifica um aumento, que apenas dura três a cinco minutos. Quanto à vitamina B3, doses fortes (50 a 100mg/kg) conseguem aumentar o fluxo sanguíneo em 5 a 10%.

Um calmante sem acção sedativa

Em doses baixas, o Picamilon evidenciou propriedades calmantes. Em doses de 1mg/kg, o Picamilon evita as consequências negativas do stress emocional. Em gatos, normaliza a reacção destes quando são perturbados pela cólera ou pelo medo. Nos ratos, à semelhança do diazepam, tem um efeito inibitório sobre a agressão motivada associada à noção de defesa do território.
Investigações realizadas mostraram que em doses superiores (de 80 a 160 mg/kg) o Picamilon baixa o limiar de auto-estimulação (tal como as anfetaminas) e, em simultâneo, reduz o número de auto-estimulações. A sua acção estimulante ficou demonstrada nos casos de anestesia geral. Assim, numa dose de 100 mg/kg, divide por 1,7 a duração do efeito sedativo do sódio hexobarbital e reduz para metade o da anestesia por tiopental.
Ao invés dos calmantes, o Picamilon não induz relaxamento muscular, sonolência nem letargia. É por isso, muito mais adequado do que muitos calmantes se pretendermos continuar normalmente as nossas actividades diárias.
A administração de Picamilon numa dose de 5 mg/kg restabelece os reflexos condicionados de defesa que a fadiga fez desaparecer (a 130% por comparação a 12% no grupo de controlo). Nos ratos, numa dose de 50 mg/kg, restabelece 76% das capacidades físicas de trabalho ao longo de um período de repouso de uma hora, contra 38% no grupo de controlo.
Em determinadas situações de stress, a activação do sistema GABA-érgico poderia prevenir as lesões às quais o organismo está exposto face a diversos estímulos. Para confirmar esta hipótese, alguns cientistas estudaram os efeitos de derivados do GABA no desenvolvimento de edemas cerebrais tóxicos.
Injectado trinta minutos antes da nicotina (40 mcg/kg), uma dose de 500 mg/kg de Picamilon impede a formação de um edema. Em doses de 200 a 300 mg/kg, a densidade do tecido cerebral era aumentada, mas não atingia a dos sujeitos do grupo de controlo e o conteúdo total em água não se alterava de forma significativa. Os investigadores deduziram que o metabolismo de acção anti-edematosa do Picamilon podia estar ligado a uma alteração do metabolismo energético nos tecidos neurológicos.

Atravessa rapidamente a barreira hemato-encefálica

O Picamilon atravessa rapidamente a barreira hemato-encefálica e melhora o estado de funcionamento do cérebro produzindo um efeito benéfico no seu metabolismo.
Trinta minutos após a injecção de uma dose de 100 mg/kg de Picamilon no cérebro de ratos, a forma oxidada de nicotinamida adenina dinucleótido (NAD) aumenta em 67% acima dos níveis do grupo de controlo e a actividade da lactato desidrogenase baixa 23%, ao passo que a actividade do glutamato-oxalato não evidencia qualquer alteração significativa. Uma acção mais prolongada do Picamilon conduz a uma normalização dos níveis de NAD no cérebro dos ratos.
Investigadores da Universidade de Odessa mostraram que o Picamilon atravessa rapidamente a barreira hemato-encefálica. Decorridos uns escassos trinta minutos após uma injecção subcutânea, o Picamilon é encontrado no cérebro, onde penetra mais rapidamente que o GABA. A duração da acumulação do Picamilon no cérebro está correlacionada com os níveis no sangue.
Nos tecidos musculares, a sua acumulação era dez vezes superior à do GABA duas horas após uma injecção. É igualmente retido no organismo durante mais tempo do que o GABA.

Baixa toxicidade e poucos efeitos secundários

Os estudos de toxicidade realizados com animais mostraram que o Picamilon tem uma toxicidade baixa. Um estudo de toxicidade com duração de seis meses mostra que doses de 3 a 75 mg/kg de Picamilon não modificam o comportamento nem o estado de ratos e não causam qualquer alteração significativa no sangue destes nem nos seus órgãos. Observaram-se algumas alterações morfológicas nos rins de ratos aos quais havia sido injectada uma dose de 75 mg/kg (15 vezes a dose terapêutica). Um estudo microscópico dos rins indicou manifestações de glomerulonefrites e de nefroscleroses, o que levou a considerar a existência de patologias renais como uma contra-indicação do Picamilon.
A sua fraca toxicidade foi demonstrada durante testes crónicos de toxicidade, não tendo o Picamilon evidenciado quaisquer efeitos alergénicos, teratogénicos, embriogénicos ou carcinogénicos.
Investigadores independentes repartidos por 16 centros médicos na Rússia realizaram ensaios clínicos com o Picamilon envolvendo um grande número de pacientes. Os tratamentos duraram entre duas semanas a três meses e as doses prescritas duas a três vezes por dia, de 20 a 50 mg. A eficácia do tratamento foi avaliada por testes clínicos e de laboratório. Os movimentos sanguíneos cerebrais foram seguidos por métodos objectivos, incluindo nomeadamente ecopulsografias, ecoencefalografias, electroencefalografias, reoencefalografias, ecografias…

Melhorias neurológicas muito claras

O Picamilon mostrou a sua eficácia em pacientes com uma síndrome cerebelosa aguda. Após o quarto ou quinto dia de tratamento, manifestava-se uma melhoria clara dos sintomas neurológicos e observava-se uma evolução positiva na coordenação dos movimentos. Mais tarde, diminuíram também as dores de cabeça, as vertigens, o ruído na cabeça e os problemas de memória. Os problemas motores e de expressão começavam a regredir rapidamente, o sono melhorava e a irritabilidade, o stress emocional e a ansiedade diminuíram. A velocidade do fluxo sanguíneo cerebral aumentou.
O efeito do Picamilon era cumulativo e aumentava em particular na segunda ou terceira semana de tratamento.
Foram usados métodos de exame objectivos neste caso para mostrar o aumento da circulação e a normalização da resistência cerebrovascular.
A administração de Picamilon a pacientes que sofriam as consequências de problemas cerebrovasculares (mais de um mês depois) provou a sua eficácia desde o segundo ou terceiro dia de tratamento. O ambiente emocional dos pacientes, o discurso oral e a memória foram melhorados e os níveis de actividade enzimática (ASAT, ALAT, LDH) e as concentrações de lactato voltaram ao normal.
Nos casos de insuficiência cerebral crónica, o Picamilon melhora o humor e a memória dos pacientes, reduz a irritabilidade e a tendência para chorar sem razão aparente e reduz as perturbações metabólicas. Em pacientes que sofriam de perturbações da memória (amnésia geral), observaram-se progressos consideráveis na memorização e na lembrança entre o quinto e o sétimo dia de tratamento e os pacientes conseguiam voltar a trabalhar.
O Picamilon estimulava a reabilitação física e psíquica após diferentes estados asténicos provocados por patologias mentais ou somáticas. Melhorava a rapidez e a qualidade da actividade, da concentração da atenção, do humor, aliviava a ansiedade e permitia uma melhor capacidade de trabalho. Era eficaz nos pacientes com neuroses nos quais os principais sintomas se traduziam por perturbações asténicas, asteno-depressivos, asteno-hipocondríacos acompanhados por medo, ansiedade, fadiga, instabilidade emocional ou perturbações do sono. O Picamilon reduzia a ansiedade e a hiperestesia sem efeito sedativo, o que resultava numa melhoria da qualidade do sono.
Segundo a maioria dos investigadores, a administração de Picamilon para corrigir neuroses, síndromes maníaco-depressivos, depressões involutivas ou a esquizofrenia permitiria reduzir as doses de psicotrópicos habitualmente utilizados nestes tipos de doenças. Verificou-se que a utilização combinada de Picamilon e de tratamentos convencionais diminuía mais rapidamente os sinais psicopatológicos do que o tratamento convencional isolado.
Examinou-se a eficácia do Picamilon em pacientes que sofrem de enxaquecas. Concluiu-se que exerce uma acção pronunciada na dor da enxaqueca, diminuindo a sua intensidade e reduzindo ou eliminando alguns dos sintomas que a acompanham. Nos indivíduos que sofrem de alcoolismo crónico, alivia os sintomas que surgem na fase da privação. Ulteriormente, os pacientes ficavam mais calmos, menos difíceis e menos ansiosos e a sua capacidade de trabalho tornava-se melhor.

Melhorias no período de uma semana

O Picamilon foi eficaz em pacientes com síndromes psico-orgânicos incluindo ateroscleroses cerebrais, lesões cerebrais causadas por traumatismos físicos ou lesões cerebrais tóxicas. O estado destes pacientes começou a melhorar no final da primeira semana de tratamento.

Na Rússia

Na Rússia o Picamilon é utilizado há mais de dez anos. A sua utilização é recomendada nos adultos como agentes vasoactivo (altera o calibre dos vasos sanguíneos) e nootrópico (benéfico para a cognição e para os nervos) no caso de perturbações cerebro-vasculares de gravidade ligeira, de insuficiência cerebro-vascular crónica e de distonia vegeto vascular (um desequilíbrio entre as influências simpática e parassimpática no tónus muscular). O Picamilon é indicado como calmante nos casos de ansiedade, medo, aumento da irritabilidade e do stress emocional. É recomendado no tratamento das perturbações depressivas nos idosos e das psicoses senis. Pode ser utilizado para aliviar os sintomas da privação nos alcoólicos crónicos.

Efeitos rápidos

Regra geral, os efeitos do Picamilon sentem-se rapidamente; a maioria das pessoas nota um impacto no período de uma hora, que dura geralmente quatro a seis horas com cada toma.
Com doses baixas, de 50 mg, três vezes por dia, proporciona um efeito ligeiramente calmante e estabiliza o humor sem efeito sedativo. Previne os efeitos fisiológicos negativos do stress emocional. É igualmente útil nas situações moderadas de ansiedade ou de emoção depressiva negativa.
Ao invés da maioria dos calmantes, o Picamilon não tem qualquer qualidade sedativa, o que o torna muito mais compatível com as actividades diárias. Com doses elevadas, de 100 mg três vezes por dia, o Picamilon produz uma influência estimulante que se traduz por um aumento da energia e da resistência. Os seus efeitos estimulantes na cognição são cumulativos e tornam-se mais evidentes após ser tomado diariamente durante várias semanas.
Deve evitar-se tomar doses elevadas de Picamilon em simultâneo com outros vasodilatadores como o Ginkgo Biloba ou a Vinpocetina sem aconselhamento de um terapeuta. Regra geral, aconselha-se o mesmo caso tome medicamentos inibidores da MAO (monoamino-oxidase) ou outros tratamentos medicamentosos. O Picamilon não deve ser utilizado por crianças, grávidas ou mulheres a amamentar.
Picamilon enhences blood flow, Mirzoian RS et al., Gan'shina TS Farmakol Toksikol (URSS) Jan-Feb 1989, 52(1) p23-26.
The results of clinical study of the drug picamilon (an analysis of some data of neurologic and psychiatric clinics, AP Huaichenko et al. The pharmacological committee of the Ministry of health of URSS.
Picamilon and cerebrovascular disorders, Institute of pharmacology, Moscou, URSS.
Picamilon influence on the brain oedema course, Medical Institute, Moscou, URSS.
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Célebre nutracêutico russo, tranquilizante e estimulante.

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