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25-07-2018

Sofre de problemas de estômago? Eis a dieta que funciona

maux d’estomac São cada vez mais as pessoas que sofrem de episódios recorrentes de refluxo gastroesofágico; trabalhos recentes mostram que 40% da população ocidental seria afetada por regurgitações ácidas, crises de soluços e sensações de ardor desagradáveis ao nível do tórax, que acompanham habitualmente o refluxo.


E esta epidemia é mais grave do que parece; a parede do esófago não foi de todo concebida para resistir aos sucos gástricos que escapam do estômago. Tal exposição não tarda a provocar uma inflamação, que quando se torna crónica conduz a lesões mais ou menos profundas do esófago (úlceras), a um estreitamento do diâmetro deste, ou mesmo à substituição das células da parede por células que evoluem normalmente no intestino. Este grande transtorno (a que chamamos esófago de Barrett) expõe consideravelmente a uma forma de cancro do esófago cuja incidência está a aumentar brutalmente; é 6 vezes mais frequente hoje em dia do que há 30 anos, ultrapassando mesmo o carcinoma epidermóide ligado ao tabaco.

Qual a alimentação para acabar com o refluxo?

Uma equipa de investigadores elaborou 4 tipos de dieta alimentar diferentes apoiando-se nos dados da pesquisa e nas ligações de causa e efeito que foi possível esclarecer até agora no plano nutricional.

Cada uma destas dietas foi depois testada sucessivamente por 130 participantes que sofriam de refluxo, por um período de 2 semanas, no final das quais tinham de indicar se os seus sintomas haviam diminuído (1). Os resultados não deixam margem para dúvidas: com as dietas 3 e 4 a quase totalidade dos participantes sentiu melhorias claras e foram muitos os que constataram um desaparecimento total dos sintomas de refluxo.

A dieta 3 é uma dieta mediterrânea muito pobre em glúcidos. Exclui portanto as frutas e os amidos como o pão, as massas ou o arroz.

Porque é que os investigadores selecionaram esta dieta? Vários estudos recentes evidenciaram a ligação entre o consumo de açúcares, a hiperacidez gástrica e a capacidade de uma dieta pobre em glúcidos para aumentar o pH do lúmen gástrico (2-5). É provável que o consumo de glúcidos contribua fortemente para a estimulação das células gástricas e para a produção de ácido clorídrico. Por outro lado, a proporção de gorduras mais elevada do que na maioria das dietas habituais contribui para estimular a GIP, uma hormona que inibe a secreção e a motilidade gástrica.


Dieta 3


Pequeno-almoço:

Iogurte natural (light) 125 g
20 g de amêndoas
1 copo de leite meio gordo

400 ml de água não gaseificada


Lanche: 2 iogurtes naturais

400 ml de água não gaseificada


Almoço:

Segunda-feira: 100 g de brócolos, 200 g de peito de franco, 100 g de beringela
Terça-feira: 100 g de feijão verde, 150 g de pimentos pelados, 2 ovos
Quarta-feira: 200 g de curgete, 2 caixas de atum de 50 g, 150 g de funcho
Quinta-feira: 250 g de espinafres, 150 g de ricotta
Sexta-feira: 130 g de bresaola (carne de vaca), 100 g de brócolos, 100 g de curgete
Sábado: 100 g de cogumelos, 100 g de couve, 350 g de anchovas
Domingo: 100 g de camarão, 350 g de calamares


400 ml de água não gaseificada


Lanche: 1 iogurte natural, 20 g de amêndoas

400 ml de água não gaseificada


Jantar:

Segunda-feira: 300 g de beterraba, 250 g de badejo
Terça-feira: 280 g de polvo, 150 g de pimento, 150 g de curgete
Quarta-feira: 100 g de abóbora, 200 g de produto lácteo
Quinta-feira: 200 g de pimento verde, 350 g de dourada
Sexta-feira: 2 ovos, 250 g de curgete, 1 caixa de atum de 50 g
Sábado: 240 g de vitela, 200 g de espinafres
Domingo: 350 g de salmão, 100 g de espargos, 100 g de alface


250 ml de água não gaseificada


A dieta 4 é equivalente à dieta 3, à qual se adiciona de forma equilibrada e espaçada alimentos ácidos como o sumo de limão, laranjas ou tomates sem grainhas.


Porque é que os investigadores selecionaram esta dieta? Contrariamente ao que se poderia pensar, os alimentos ácidos teriam um impacto sobretudo positivo na secreção do ácido gástrico. Ao contrário dos alimentos base, não proporcionam um “bem-estar” imediato no plano sintomático, mas induzem uma diminuição da secreção gástrica a longo prazo (6-7).

Embora saiba porque é que estas dietas funcionam, não tem de as respeitar à letra, até porque são bastante difíceis de seguir a longo prazo. O mais importante é aumentar o consumo de legumes frescos, reduzir a proporção dos glúcidos na alimentação, não eliminar os alimentos ácidos com o pretexto de serem ácidos e evitar as bebidas gaseificadas.

Alguns conselhos adicionais para combater o refluxo

  • Se fuma, tente novamente deixar de fumar; o tabaco torna mais lenta a cicatrização das lesões do esófago e é nociva para o funcionamento do esfíncter que controla a saída das substâncias ácidas do estômago.
  • Confie nas medicinas tradicionais e nos produtos de saúde naturais como a raiz de alcaçuz. Estimula a produção de muco pelo estômago e impede a adesão da bactéria Helicobacter pylori, que é a principal causa das úlceras gastro-duodenais, à parede do estômago. O extracto de casca de laranja fez também prova da sua capacidade de estimular a motilidade gástrica e proteger as paredes do esófago. Encontramos os dois compostos na excelente fórmula Anti-Acid Reflux Formula.
  • Reduza o seu consumo de álcool: esta aumenta a secreção ácida no estômago e agrava o refluxo em todos os casos (ainda mais quando bebe com o estômago vazio).
  • Inicie-se em actividades ou técnicas de relaxamento de forma a poder livrar-se rapidamente do stress quando ele surge; também ele é um dos principais culpados do refluxo.
  • Se tem excesso de peso e não pratica qualquer actividade física regular, tente novamente começar; o excesso de peso aumenta o risco de complicações do esófago em caso de refluxo.
  • Mastigue lentamente os alimentos.
  • Não coma alimentos demasiado quentes nem demasiado frios.
  • Evite as bebidas gaseificadas e o café (a menos que seja descafeinado).

Referências

  1. Ciro Langella, Daniele Naviglio, Marina Marino, Armando Calogero, Monica Gallo, New food approaches to reduce and/or eliminate increased gastric acidity related to gastroesophageal pathologies, Nutrition (Octobre 2018), Volume 54 , 26 – 32, https://doi.org/10.1016/j.nut.2018.03.002
  2. Wolosin JD, Edelman SV. Diabetes and the gastrointestinal tract. Clinical Diabetes 2000; 18(4):148.
  3. Austin GL, Thiny MT, Westman EC, Yancy WS, Shaheen NJ. A very low-carbohydrate diet improves gastroesophageal reflux and its symptoms. Digestive Diseases and Sciences 2006;51(8):1307–1312.
  4. Song JH, Chung SJ, Lee JH, Kim YH, Chang DK, Son HJ, Kim JJ, Rhee JC, Rhee PL. Relationship between gastroesophageal reflux symptoms and dietary factors in Korea. Journal of Neurogastroenterology and Motility 2011;17(1): 54–60
  5. Shon SM, Song CW, Koo JS, Choung RS, Shin JH, Kim YB, Chun HJ, Lee SW, ChoiJH, Kim CD, Ryu HS, Hyun JH. Gastroesophageal acid reflux according to different meals: flour cake vs rice cake. Kor J Neurogastroenterol Motil 2001;7(2):181–187.
  6. Orlando RC. The integrity of the esophageal mucosa. Balance between offensive and defensive mechanisms. Best Practice & Research Clinical Gastroenterology 2010; 24(6):873–882
  7. Coppolino G, Lucisano S, Rivoli L, Fuiano G, Villari A, Villari I, Leonello G, Lacquaniti A, Santoro D, Buemi M. Sevalamer hydrochloride, sevelamer carbonate and lanthanum carbonate: in vitro and in vivo effects on gastric environment. Therapeutic Apheresis and Dialysis 2015;19(5):471–476
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