Suplementos de ómega 3 – que resultados nas funções cognitivas?

Ao envelhecer, é normal constatar uma diminuição das funções cognitivas como a memória, a percepção ou a atenção. Estas perturbações explicam-se pelo envelhecimento normal do organismo. Contudo, esta deficiência cognitiva pode ser mais ou menos grave conforme os casos. O declínio das capacidades mentais pode levar ao surgimento de casos de demência, que se caracterizam por um conjunto de doenças cerebrais. É por esta razão que estão em curso inúmeros trabalhos de investigação para combater a deficiência cognitiva e melhorar o quotidiano dos pacientes com problemas cognitivos. De entre as soluções visadas pelos investigadores, a toma de suplementos de ómega 3 poderia ser uma pista interessante para a prevenção da deficiência cognitiva ligeira. Proposta há vários anos, esta hipótese acaba de ser sustentada por inúmeros resultados publicados em 2017 na revista científica Nutrients¹.

O interesse crescente pela toma preventiva de suplementos de ómega 3

Tendo em conta o aumento progressivo da esperança de vida, as autoridades de saúde constatam um aumento da prevalência da deficiência cognitiva. Estima-se, aliás, que a deficiência cognitiva ligeira poderá atingir até 42% da população mundial. Face a esta constatação alarmante, inúmeros investigadores internacionais trabalham no assunto para fornecer soluções eficazes. À semelhança do que acontece com inúmeras doenças, os cientistas estimam que vários casos de demência poderiam ser evitados graças à prevenção. Para tal, são evocadas várias pistas terapêuticas. De entre elas, é frequentemente avançada a toma de suplementos de ómega 3 em virtude dos inúmeros estudos realizados sobre estes ácidos gordos. Estes são, de facto, conhecidos por desempenhar um papel fulcral nas funções neurológicas. Além disso, poderiam ter um efeito protector contra o declínio cognitivo. Foi precisamente esta a hipótese que um grupo de investigadores chineses tentou confirmar.

Resultados positivos para uma melhoria das funções cognitivas

Durante o estudo, os investigadores avaliaram os efeitos da toma de um suplemento de ómega 3 em 86 pacientes com mais de 60 anos e com deficiências cognitivas ligeiras. De entre eles, 44 sujeitos tomavam um suplemento de ómega 3, ao passo que 42 pacientes tomavam um placebo com azeite. Para avaliar o impacto da toma do suplemento os investigadores realizaram vários testes extraídos do BCAT (Basic Cognitive Aptitude Test). Estes testes permitiram avaliar as alterações ao nível das funções cognitivas. Nos pacientes que tomaram o suplemento de ómega 3 os investigadores constataram uma melhoria da classificação nos testes BCAT, da velocidade de percepção, da eficácia da representação espacial, bem como da memória de trabalho. Observaram-se diferenças ligeiras entre homens e mulheres. No entanto, estes resultados revelam uma melhoria significativa das funções cognitivas nos sujeitos que tomaram suplemento de ómega 3, comparativamente ao grupo que tomou o placebo. Apesar de serem necessários estudos complementares para confirmar estes resultados, estes dados fornecem novas provas científicas a favor do interesse terapêutico dos ómega 3.

Os ácidos gordos ómega 3 vêm de novo desvendar novos resultados muito encorajadores. Para tirar o melhor partido dos seus benefícios, é possível encontrá-los em alguns alimentos, como os peixes gordos, bem como em determinados complementos alimentares. Estes são formulados para fornecer uma quantidade ideal de determinados ómega 3; os mais conhecidos são o ácido docosahexanóico (DHA) e o ácido eicopentaenóico (EPA) ). É também possível adquirir uma fórmula enriquecida com EPA e DHA graças ao produto Super Omega 3), proposto no catálogo Supersmart.

> Fonte:
1. Yacong Bo et al., The n-3 Polyunsaturated Fatty Acids Supplementation Improved the Cognitive Function in the Chinese Elderly with Mild Cognitive Impairment: A Double-Blind Randomized Controlled Trial, Nutrients 2017, 9(1), 54.