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30-01-2017

Escolher suplementos nutricionais eficazes e de qualidade

SerratiaO aumento rápido do consumo de suplementos nutricionais é acompanhado por um aumento igualmente rápido do número de produtos disponíveis no mercado. Face a esta miríade de suplementos nutricionais de fabrico local ou importados, de centenas de marcas diferentes, põe-se o problema de escolher produtos eficazes e seguros.

Antes de mais devem privilegiar-se suplementos nutricionais fabricados a partir de matérias-primas de qualidade farmacêutica e/ou de fitonutrientes normalizados, segundo boas práticas de fabrico. Depois, a presença de moléculas de eficácia comprovada, a forma química que apresenta melhor absorção, uma dose adequada, a forma galénica mais bem adaptada, são alguns dos critérios que fazem a diferença entre um suplemento nutricional seguro e eficaz e um outro que não o é.

Na sua definição original, o papel de um suplemento nutricional consiste em complementar os aportes fornecidos pela alimentação. Contém um ou vários ingredientes incluindo vitaminas, minerais, extractos de plantas ou de outros vegetais, aminoácidos, ácidos gordos essenciais, enzimas probióticas, proteínas.

DDR e doses eficazes

Para alguns nutrientes, ditos essenciais, existem DDR – doses diárias recomendadas (em inglês: RDA, Recommended Daily Allowance). Correspondem, de facto, às quantidades de vitaminas e de determinados minerais que devemos consumir obrigatoriamente para evitar carências e as doenças a elas associadas, como o escorbuto, o beribéri ou a pelagra. É a quantidade mínima indispensável de nutrientes necessária para manter as funções biológicas e a saúde dos indivíduos em boa forma.

Ora, as necessidades de nutrientes essenciais podem ser aumentadas por situações particulares como, por exemplo, um nascimento prematuro, perturbações metabólicas, infecções, doenças crónicas e tratamentos medicamentosos. Factores ambientais como o stress, a poluição e o sol podem também aumentar estas necessidades.
Definidas para evitar as doenças associadas às carências, as DDR não constituem um guia para nos mantermos saudáveis, enérgicos e robustos nem para manter afastadas as doenças associadas ao envelhecimento. Ainda mais porque as necessidades de cada indivíduo são específicas.

Mais de 20 000 estudos (na National Library of Medicine, nos Estados Unidos) evidenciam os efeitos benéficos para a saúde das vitaminas e dos minerais tomados em doses muito superiores às DDR. Trata-se daquilo que os americanos denominam por No Adverse Effect Level (NOAEL), ou seja “dose sem efeito negativo observado" e que corresponde a uma dose suficientemente segura para não ter sido observado qualquer efeito negativo com esta dose quando tomada por um período prolongado. Esta dose é determinada como sendo segura por meio de uma análise minuciosa e aprofundada de todos os dados científicos disponíveis em todo o mundo desde há vários anos.

Relativamente aos outros nutrientes que entram na composição dos suplementos nutricionais, é necessário confiar nos testes de toxicidade realizados frequentemente por determinados fornecedores e nos ensaios clínicos para saber em que doses são eficazes e seguros.

As boas práticas de fabrico (ou GMP, Good Manufacturing Practices)

Os fabricantes de suplementos nutricionais têm a responsabilidade de se assegurar e de garantir que os produtos que colocam no mercado são eficazes e seguros. Isto significa que devem assegurar-se de que – desde a compra das matérias-primas, passando por cada etapa de fabrico, até ao armazenamento e à entrega nas mãos do consumidor – é garantida uma qualidade ideal.

Um grande número de fabricantes de suplementos nutricionais segue as chamadas “boas práticas de fabrico farmacêutico”, que são mais rigorosas do que as recomendadas para a indústria de suplementos nutricionais. A regulamentação das boas práticas de fabrico inspira-se no sistema das normas ISO-9001. Tem por objectivo especificar as condições e critérios relativos à instalação e organização da empresa, respectiva gestão, processos e condições de execução, procedimentos, responsabilidades, equipamentos e disposições que devem ser respeitados a fim de poder garantir a qualidade de base.

Estas boas práticas de fabrico estão na base do controlo sanitários dos produtos. Trata-se de todo um conjunto de regras que incidem sobre o ambiente de produção, a manipulação e a transformação das matérias-primas, bem como sobre as práticas que garantem um controlo da higiene e das condições de trabalho. Utilizam a abordagem Hazard Analysis and Critical Control Points ou HACCP (análise dos riscos nos pontos críticos de controlo), que é uma abordagem de identificação dos perigos, da análise destes e do respectivo controlo. Foi concebida nos anos sessenta do século XX nos Estados Unidos, pela NASA, com o intuito de limitar os riscos de contaminação dos alimentos dos astronautas.

Trata-se de uma abordagem estruturada de controlo da segurança dos produtos, desde o local de produção ou de cultura (no caso dos produtos vegetais) das matérias-primas até à absorção pelo consumidor. Tem como missão identificar os elementos (biológicos, químicos ou físicos) do processo de produção susceptíveis de estar na base de contaminações, por forma a conseguir pôr em prática meios adequados que permitam garantir um controlo eficaz dos riscos. É apoiando-se na base destas boas práticas na cadeia de fabrico que são identificados, seguidos e controlados os riscos nos pontos críticos do processo – garantindo a segurança do produto final.

O guia ISO 9000-2000 criado pela International Organization for Standardization (ISO) permite estabelecer um sistema de gestão total da qualidade por forma a assegurar a conformidade de um produto com as exigências do consumidor. Depois de as características sanitárias de um produto estarem identificadas e de o sistema de segurança sanitária dos suplementos nutricionais estar definido, é possível pôr em prática um sistema global de gestão da qualidade.

O controlo e a certificação do cumprimento das várias exigências enunciadas nos “cadernos de encargos” repartidos em capítulos e anexos são assegurados pelos organismos exteriores acreditados pelos serviços do Estado.

Matérias-primas de qualidade farmacêutica

A qualidade do produto final depende em grande medida da qualidade das matérias-primas. A imprensa é ainda frequentemente eco de suplementos nutricionais que contêm impurezas, demasiados resíduos de metais pesados ou toxinas.

Utilizar matérias-primas de qualidade farmacêutica significa que temos conhecimento e que verificámos as suas qualidades químicas, biológicas e microbiológicas. As compras das matérias-primas devem ser feitas segundo regras estritas que dão garantias.

Cada ingrediente comprado deve ser acompanhado por um certificado de análise, entregue pelo fornecedor ao fabricante. Este certificado fornece informações sobre a identidade, a qualidade, a pureza e a origem das matéria-prima fornecida. Tal permite igualmente ao fabricante ter a certeza de que essa matéria-prima cumpre os seus critérios de selecção. Consoante o tipo de matéria-prima e a fase de fabrico, tal certificado pode incluir informações como:
    - a identidade do produto com o respectivo nome, número de lote, fabricante, data de fabrico, data de validade;
    - a origem do produto com o país de origem, o nome científico ou botânico, a parte da planta (raiz, folha, caule, flor, fruto, resina, casca, grão), a indicação que é de origem botânica;
    - o tipo de produto: matéria bruta, pó, grânulos, extracto vegetal, extracto normalizado, a indicação de que existe uma monografia oficial;
    - o método de identificação;
    - as propriedades químicas: cheiro, cor, sabor, aspecto, densidade, tamanho das partículas, pH, solubilidade, índice de viscosidade e de refração…
    - métodos e ensaios químicos: compostos activos ou marcadores, pureza, titulação…
    - impureza: matérias estranhas, metais pesados, toxinas naturais, resíduos de pesticidas/fungicidas…
Amostras permitem de seguida ao fabricante verificar que a matéria-prima está de facto em conformidade com o certificado de análise. O exame de várias amostras provenientes de lotes diferentes permite também avaliar as variações susceptíveis de surgir. Isto é especialmente importante quando se trata de matérias vegetais. Assim, consoante a fase em que foi colhida e o processo de secagem utilizado, a cor da equinácea será verde, amarela ou castanha. No pó de palmeira anã, os ácidos gordos totais podem variar entre 7 a 14% conforme o estado de maturidade do fruto.

Alguns fornecedores de matérias-primas realizam também investigação e certificam, apresentando provas, que o seu ingrediente é eficaz, actua como se afirma e é perfeitamente seguro para o utilizador. Estas provas incluem nomeadamente testes de toxicidade, de farmacocinética e de biodisponibilidade …
…
Extractos vegetais normalizados…
…
Os preparados à base de plantas que encontramos à venda no mercado dos suplementos nutricionais estão longe de ter todos a mesma qualidade ou a mesma eficácia. Alguns utilizam o nome de plantas conhecidas simplesmente por razões de marketing. Nesses casos os suplementos não contêm forçosamente os princípios activos que o comprador espera que tenham. Só os extractos normalizados fornecem em cada unidade consumida uma quantidade adequada de princípios activos.

Um processo de normalização garante uma concentração de princípios activos exactamente igual em todas as unidades fabricadas. É usada uma sequência de dosagens e de controlos particularmente rigorosos para garantir isso mesmo. Assim, por exemplo, no caso do Panax ginseng, o método de cromatografia líquida de alta eficiência fornece informações sobre a quantidade dos diferentes princípios activos, os ginsenósidos, e a respectiva concentração no extracto de ginseng fabricado. Este método é utilizado tanto para a normalização da substância activa, como nos controlos de qualidade e na análise dos produtos finais.

Escolher as formas químicas mais eficazes

A definição das doses e a escolha de matérias-primas de qualidade são importantes, mas além disso os fabricantes devem também prestar atenção às formas químicas dos nutrientes que escolhem. A escolha das moléculas, dos extractos vegetais, das associações de moléculas também é crucial. Desta escolha depende a eficácia do suplemento nutricional. …
…
Algumas destas formas podem ser mais potentes, mais bem absorvidas ou ainda ter uma melhor biodisponibilidade do que outras. Por outro lado, alguns ingredientes – para serem mais bem absorvidos – precisam de outros nutrientes. É, por exemplo, o caso da crisina – mais bem absorvida quando associada a um extracto de pimenta denominado piperina. …
…
Certos nutrientes podem ter formas químicas que oferecem vantagens adicionais comparativamente a outras. Uma mistura de tocotrienóis, por exemplo, tem benefícios que não encontramos na forma tocoferol da vitamina, e vice versa. Do mesmo modo, a vitamina E de origem natural tem uma biodisponibilidade muito superior à da vitamina E sintética. O mesmo se passa com o éster-C, que parece ter uma melhor biodisponibilidade do que outras formas de vitamina C. O mesmo se aplica ao ácido alfa-lipóico. Quando se toma um suplemento nutricional contendo ácido alfa-lipóico sintético, os dois enantiómeros são absorvidos pelo sangue e transportados para as células. Mas o (R)-ALA possui uma melhor biodisponibilidade que o (S)-ALA e a quantidade total de ácido (R)-alfa-lipóico que chega ao plasma ao longo do tempo é 60 a 85% superior à da forma (S) que chegará também ao plasma. Mais importante ainda, os estudos mostram que a forma natural do ácido alfa-lipóico é muito mais bem aceite pelos tecidos.
Consoante os sais minerais utilizados, os minerais possuem uma biodisponibilidade mais ou menos elevada e são por isso mais ou menos bem assimilados pelo organismo. Na forma de orotatos, possuem uma biodisponibilidade particularmente elevada.

Tomar um probiótico composto por microbactérias vivas que não sobreviveriam à viagem pelo tubo digestivo e chegariam mortas ao local onde devem exercer a sua acção não tem qualquer interesse.

A actividade biológica de determinados princípios activos depende da sua biodisponibilidade – que varia significativamente em função das fontes de onde são extraídos. É, por exemplo, o caso da quercetina. Examinou-se a biodisponibilidade da quercetina proveniente de cebolas e de chá. Nove sujeitos consumiram uma alimentação sem quercetina durante doze dias; numa segunda fase do estudo tomaram – ao quarto, oitavo e décimo-segundo dia – um suplemento de cebolas fritas (ricas em glicósidos de quercetina equivalentes a 89 mg de quercetina) ou de chá (rico em rutinósido de quercetina equivalente a 100 mg de quercetina) ou 100 mg de quercetina. Os investigadores constataram que a absorção dos glicósidos de quercetina era de 52%, a do rutinósido de quercetina de 17% e a do aglicónio de quercetina de 24%. …
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A avaliação da segurança e dos benefícios para a saúde …
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Os cientistas utilizam diferentes abordagens para avaliar os riscos de toxicidade dos suplementos nutricionais e os potenciais benefícios para a saúde, incluindo o histórico da sua utilização e ensaios laboratoriais utilizando células ou modelos animais. Estudos no ser humano (estudos de observação ou ensaios clínicos) podem fornecer informações relativas à forma como o suplemento nutricional deve ser utilizado. Os investigadores podem também examinar de forma sistemática a literatura científica para resumir e avaliar um grupo de ensaios clínicos correspondentes a determinados critérios. Uma meta-análise é uma examinação que inclui dados de análises estatísticas combinadas provenientes de vários estudos. Tudo isto permite obter informações fiáveis sobre a eficácia e a segurança de um suplemento nutricional.
Por outro lado, deve desconfiar-se dos testemunhos pessoais que não são admitidos nem nos artigos científicos nem em tribunal, e muito menos para avaliar a fiabilidade de um novo suplemento nutricional. …
…
Os diferentes tipos de estudos
¤ Os estudos de intervenção
Os melhores estudos desta categoria são os ensaios clínicos aleatórios com controlo. Neste caso, sujeitos semelhantes uns aos outros são escolhidos de forma aleatória para receber ou não uma intervenção ou, em outros temos, tomar ou não o suplemento nutricional que se pretende avaliar. Num ensaio clínico controlado em dupla ocultação nem os médicos nem os pacientes sabem quem recebe o tratamento ou o placebo. Este tipo de estudo permite, nomeadamente, determinar se um novo suplemento nutricional que se revelou promissor em laboratório e em modelos animais é eficaz e seguro para atrasar ou prevenir o surgimento de uma determinada doença ligada ao envelhecimento.
¤ Os estudos de observação
Podem ser prospectivos ou retrospectivos. Nos estudos prospectivos, os investigadores recrutam sujeitos e observam-nos antes de o resultado ser obtido. Num estudo retrospectivo, os investigadores revêem registos dos sujeitos e entrevistam-nos após a obtenção do resultado.
Os estudos de coorte comparam os resultados de sujeitos que foram expostos a uma substância específica com os de sujeitos que não foram expostos a essa substância.
Nos estudos de casos controlados, sujeitos que sofrem de uma determinada doença são comparados a sujeitos saudáveis (o grupo de controlo).
Nos estudos transversais, num determinado momento, um determinado número de indivíduos que sofrem de uma doença e foram expostos a qualquer coisa específica é comparado a um determinado número de indivíduos saudáveis e que não foram expostos a essa coisa específica.
¤ Estudos in vitro e com animais
Estes estudos fornecem muitas vezes informações sobre os mecanismos de acção e sobre a especificidade de um princípio activo ou de um suplemento nutricional, bem como sobre o processo responsável. …
…
Consoante a forma galénica utilizada, ingredientes idênticos podem ter uma eficácia muito diferente. A escolha correcta da forma galénica propicia a conservação dos princípios activos protegendo-os contra os factores de alteração, modifica a duração da actividade do princípio activo, mascara os odores ou sabores desagradáveis. Deste modo, quando se trata de nutrientes lipossolúveis, as cápsulas de gelatina mole os softgels são a forma a privilegiar pois serão sempre mais bem absorvidos numa base lipídica.
Encomendar os nutrientes evocados neste artigo
Saw Palmetto

320 mg de extracto normalizado de palmeira anã

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Ginseng 30%

A planta líder incontestada da medicina chinesa

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Chrysine

Inibidor da aromatização da testosterona em estrogéneos

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Bioperine®

Melhora de forma comprovada a biodisponibilidade dos nutrientes.

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Natural E 400

400 UI de d-alfa-tocoferol, forma natural da vitamina E

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Ester C®

Forma não ácida e quatro vezes mais bem absorvida de vitamina C

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CoQ10 + Tocotrienols

A sinergia CoQ10-tocotrienóis, a chave para a saúde cardiovascular!

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R-Lipoic Acid

A forma natural e biocompatível do ácido alfa-lipóico

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Calcium Orotate

A melhor forma possível de cálcio

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Probio Forte

Potente mistura de probióticos; 8 mil milhões de microrganismos por cápsula. Em DR Caps™ gastro-resistentes para uma eficácia ideal

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Super Quercetin

Uma fonte pura, uma concentração ideal e propriedades mais vastas

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