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28-12-2016

Obesidade e síndrome metabólica – a beta-criptoxantina revela resultados positivos

Beta carotene obesite Muitas vezes desconhecida, a beta-criptoxantina continua a revelar benefícios para a saúde. Há alguns anos que esta molécula suscita o interesse de inúmeros investigadores em virtude da sua estrutura química semelhante à do betacaroteno. Apesar de este último ser conhecido pelo seu papel de pigmento nas cenouras, tem sobretudo a vantagem de possuir propriedades antioxidantes e de ser um precursor da vitamina A. Esta vitamina está envolvida em inúmeros processos do organismo, como por exemplo a visão. Além de apresentar as mesmas vantagens que o betacaroteno, a beta-criptoxantina é também muito estudada para uma utilização com fins preventivos e terapêuticos. Os investigadores atribuem-lhe nomeadamente uma acção na manutenção do equilíbrio ósseo, lutando contra os efeitos ligados à idade, bem como um interesse na prevenção de determinadas formas de cancro1,2,3. Se é verdade que evocamos estes resultados num artigo recente sobre os benefícios da beta-criptoxantina, esta revelou igualmente resultados positivos no combate à obesidade.

Efeitos positivos nas mulheres moderadamente obesas

Em 2012 foi publicado na revista Lipids in Health and Disease um estudo que se focou nos efeitos da toma de um suplemento de beta-criptoxantina em 17 mulheres japonesas moderadamente obesas4. Baseando-se em trabalhos anteriores, os investigadores partiram da constatação de que os sujeitos obesos possuem um índice mais baixo de beta-criptoxantina no sangue do que os sujeitos com peso normal. Após três semanas de toma do suplemento de beta-criptoxantina, os investigadores constataram uma alteração nos níveis de adipocitocinas no sangue. As adipocitocinas são moléculas produzidas pelos adipócitos, que são células envolvidas na regulação do metabolismo dos lípidos e dos glúcidos no organismo. O estudo evidenciou em particular um aumento significativo do índice de adiponectina, uma adipocitocina que poderia estar relacionada com a obesidade. Na verdade, verifica-se uma diminuição da concentração de adiponectina no sangue dos sujeitos obesos, e observa-se um aumento do índice de adiponectina quando se verifica uma perda de peso. Por esta razão, os autores do estudo concluem que uma cura de beta-criptoxantina poderia ter um efeito benéfico para combater a obesidade e de uma forma geral combater a síndrome metabólica. Esta última agrupa um conjunto de sinais fisiológicos, incluindo a obesidade e a hipertensão, e constitui um factor de risco para o desenvolvimento de determinadas patologias como as doenças cardiovasculares e a diabetes de tipo 2.

Resultados semelhantes em homens moderadamente obesos

Mais recentemente, um grupo de investigadores revelou resultados positivos com a toma de um suplemento em beta-criptoxantina por ratinhos e depois por homens moderadamente obesos4. Publicadas na Nutrition in the Prevention and Treatment of Abdominal Obesity, as conclusões do estudo por eles realizado são muito promissoras, com uma perda de gordura visceral, uma perda de peso e uma diminuição do perímetro abdominal nos sujeitos que tomaram o suplemento. Neste estudo, a toma do suplemento fez-se a partir de um extracto natural de tangerina satsuma, que encontramos actualmente na forma de complemento alimentar em virtude do seu teor interessante de beta-criptoxantina.

Estudos complementares sobre o papel da beta-criptoxantina

Para compreender melhor estes resultados, os autores do estudo anterior estudaram os efeitos da beta-criptoxantina nos pré-adipócitos – células que podem ser transformadas em adipócitos que estão na origem do armazenamento das gorduras5. Os investigadores provaram que a beta-criptoxantina previne não só a maturação dos pré-adipócitos, como também a hipertrofia dos adipócitos e a acumulação dos lípidos nos adipócitos maduros. Ao limitar estes fenómenos, a beta-criptoxantina evidencia mais uma vez o seu interesse na prevenção da obesidade e, de uma forma mais global, no combate à síndrome metabólica.


Fontes:

1. Burri BJ, La Frano MR, Zhu C, « Absorption, metabolism, and functions of β-cryptoxanthin », Nutr Rev, 2016 Feb, 74(2) : 69-82.
2. Yuan JM, Stram DO, Arakawa K, Lee HP, Yu MC, « Dietary cryptoxanthin and reduced risk of lung cancer: the Singapore Chinese Health Study », Cancer Epidemiol Biomarkers Prev, 2003 Sep, 12(9) : 890-8.
3. Lian F, Hu KQ, Russell RM, Wang XD, « Beta-cryptoxanthin suppresses the growth of immortalized human bronchial epithelial cells and non-small-cell lung cancer cells and up-regulates retinoic acid receptor beta expression », Int J Cancer, 2006 Nov 1, 119(9) : 2084-9.
4. Iwamoto M, Imai K, Ohta H, Shirouchi B, Sato M, « Supplementation of highly concentrated β-cryptoxanthin in a satsuma mandarin beverage improves adipocytokine profiles in obese Japanese women », Lipids Health Dis, 2012 May 14, 11 : 52.
5. Katsuhiko Takayanagi, Katsuyuki Mukai, « Chapter 34 – Beta-Cryptoxanthin, a Novel Carotenoid Derived from Satsuma Mandarin, Prevents Abdominal Obesity », Nutrition in the Prevention and Treatment of Abdominal Obesity, 2014, Pages 381–399.
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