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31-01-2018

Terapias anticancerígenas – as bagas aumentam a eficácia dos tratamentos

baies Toda gente conhece uma pessoa das suas relações que teve de enfrentar a radioterapia. Para vencer o cancro, este é o quotidiano de 200 000 pessoas todos os anos, com mais ou menos sucesso; estima-se que cerca de 40% dos cancros seriam curados por esta terapia, isolada ou associada a outros tratamentos.
Trata-se de uma terapia particularmente pesada na medida em que destrói tanto as células cancerosas como as células sãs que se encontram à volta, mas existem compostos químicos capazes de melhorar a sua eficácia. Investigadores da Universidade do Missouri acabam justamente de mostrar que encontramos este tipo de moléculas nos mirtilos1, que fazem parte daquilo a que chamamos os radio-sensibilizadores.

O que é um radio-sensibilizador?

Quando se expõe uma parte do corpo às radiações, espera-se infligir danos suficientes para induzir a morte das células cancerosas. O mais frequente é tratar-se de uma morte comandada pela própria célula, e na sequência da acumulação de danos estimados como muito graves. Para matar as células por necrose, ou seja, rompendo a membrana celular ou dinamitando os organitos, seria preciso expor o organismo a doses de radiação demasiado perigosas para a sua integridade. Ficamos limitados a esperar provocar danos suficientes no ADN para que a célula ponha ela própria fim aos seus dias.
O problema é que certas células cancerosas não são muito afectadas pelos raios ionizantes, como é o caso dos tumores hepáticos e dos tumores que apresentam zonas mal oxigenadas. Na ausência de oxigénio, as células cancerosas contabilizam menos danos ao nível do ADN do que as outras, dado que sofrem poucas espécies reactivas de oxigénio (os famosos “radicais livres”). Acontece também que as células cancerosas melhoram a sua capacidade de reparar as lesões induzidas pelas radiações; diz-se que os tumores adquirem uma tolerância à radioterapia2. É então necessário aumentar a intensidade dos raios até próximo da dose máxima tolerável para provocar danos irreparáveis, o que prejudica forçosamente os tecidos normais que se encontram próximos.
Para melhorar a eficácia dos raios, utilizam-se compostos químicos a que chamamos radio-sensibilizadores. A maior parte do tempo, estes compostos vão impedir que as células reparem os danos provocados pelas radiações perturbando um ou mais dos inúmeros mecanismos de reparação3. É possível também que eles amplifiquem as lesões do ADN ou propiciem um momento do ciclo celular em que a radio-sensibilidade esteja no seu máximo4. Em todos os casos, reforçam a eficácia da radioterapia.

Mirtilos para induzir a apoptose nas células cancerosas

Os investigadores estudaram em laboratório a evolução de um conjunto de células cancerosas na sequência de uma exposição a raios ionizantes. No final da experiência, registaram uma diminuição de 20% no número de células, ao passo que esta diminuição passava para 70% quando a exposição aos raios era acompanhada pela aplicação de um extracto de mirtilos no tumor. De seguida, os investigadores conseguiram identificar os mecanismos moleculares que estão na origem deste efeito: é o teor de resveratrol e de flavonóides dos mirtilos (e das bagas em geral) que reduz o mecanismo de proliferação das células cancerosas e propicia a entrada no processo de apoptose – a morte comandada pelas próprias células5-7. Na verdade, é um pouco como se os compostos existentes nos mirtilos conseguissem convencer as células cancerosas a cometerem suicídio mais facilmente diminuindo o limiar de danos necessários para desencadear o processo.
Até agora, o consumo de bagas era reconhecido para melhorar o estado das pessoas com cancro, independentemente do estadio. Estas virtudes eram atribuídas à riqueza excepcional destes frutos em antioxidantes. A partir de agora é preciso incluir as suas prováveis propriedades de radio-sensibilizadores que, lhes permitem melhorar a eficácia dos tratamentos e, nomeadamente, da radioterapia. As pessoas que desejem beneficiar deste formidável empurrão podem optar entre consumir frutas frescas ou tomar suplementos de produtos concentrados como o Wild Maqui Berry (bagas de maqui) ou o Optiberry, que contém mirtilos, mas também airela e sabugueiro.



Referências
1. Kristoffer T. Davidson, Ziwen Zhu, Qian Bai, Huaping Xiao, Mark R. Wakefield, Yujiang Fang. Blueberry as a Potential Radiosensitizer for Treating Cervical Cancer. Pathology & Oncology Research, 2017; DOI: 10.1007/s12253-017-0319-y
2. Gewirtz DA et al. Promotion of autophagy as a mechanism of radiation sensitization of breast tumor cells. Radiother Oncol 62: 323-328, 2009.
3. Seiwert TY, Salama JK and Vokes EE, The concurrent chemoradiation paradigm-general principles. Nat Clin Pract Oncol 4: 86-100, 2007.
4. Pawlik TM and Keyomarsi K, Role of cell cycle in mediating sensitivity to radiotherapy. Int J Radiat Oncol Biol Phys 59: 928-942, 2004.
5. Yi W ; Fischer J Krewer G, Akoh CC (2005), Phenolic compounds from blueberries can inhibit colon cancer cell proliferation and induce apoptosis, J Agric Food Chem 53(18): 7320-7329.
6. Wedge DE et al. 2001, Anticarcinogenic activity of strawberry, blueberry and raspberry extracts to breast and cervical cancer cells. J Med Food 4(1): 49-51.
7. Routray W, Orsat V (2011), Blueberries and their anthocynanins factors affecting biosynthesis and properties. Compr Rev Food Sci Food Saf 10(6): 303-320.
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