Início   >  Fitonutrientes  >  O ginseng – um...
10-08-2015

O ginseng – um adaptogene que ajuda o organismo a resistir melhor ao stress intelectual ou físico

Ginseng Mais de 2000 publicações falam dos efeitos biológicos e terapêuticos do ginseng. Indicam, entre outras coisas, que ajuda o organismo a reagir e a adaptar-se em todos os casos em que a eficácia física ou psíquica é diminuída, como em períodos de convalescença ou de esgotamento. Dá mais energia, reforça os desempenhos intelectuais e físicos, permite ultrapassar mais facilmente períodos de stress e melhora a capacidade de gerir problemas. Parece ser benéfico nos casos de disfunção eréctil e ajudar a gerir a glicemia de determinados diabéticos.

Uma tradição milenar

Os primeiros escritos relativos às virtudes terapêuticas do ginseng têm origem na medicina chinesa e datam de há mais de 2000 anos. O conhecimento dos seus poderes de cura e a sua utilização remontam, por seu lado, a mais de 4000 anos atrás.

O privilégio do imperador

Segundo as tradições mais antigas, a raiz de ginseng era cozida e transformada numa solução bebível. Originariamente, apenas o imperador, a sua família e alguns altos dignitários estavam autorizados a bebê-lo. Mas quando se aperceberam de que era igualmente benéfico para os soldados que tinham de travar batalhas esgotantes, a sua utilização difundiu-se amplamente.
A partir do século IX, os Árabes iam à China apanhar ginseng. De facto, no início, o ginseng selvagem era colhido nas florestas. A lenda diz que no século XIII Marco Polo descobriu esta planta quando visitou a China. Menciona-o em O Livro das Maravilhas.
Um botânico alemão – Carl Anton Meyer – foi o primeiro a descrever o ginseng numa obra botânica de 1542, despertando finalmente o interesse dos europeus. Contudo, o ginseng não é importado pela Companhia das Índias antes do final do século XVII e apenas chega à Europa no século XVIII pela mão dos jesuítas. Nessa época, inúmeros médicos utilizam-no para curar os mais diversos males.

O ginseng entra na farmacopeia francesa

O ginseng entra na farmacopeia francesa no século XIX sob o nome de Panax ginseng C.A. Meyer. Panax tem origem na palavra grega panakeia, que significa “panaceia”.
Em finais do século XIX alguns agricultores do Wisconsin conseguem cultivar o ginseng.
Em 1920, investigadores na Rússia, Coreia e Japão começam a interessar-se pelo ginseng e a estudá-lo de forma científica.
Mas foi apenas nos últimos trinta anos que ele captou verdadeiramente a atenção dos investigadores ocidentais.
O ginseng, ou Panax ginseng C.A. Meyer, é uma planta herbácea cultivada no Canadá, nos Estados Unidos, Japão e China. É principalmente em determinadas regiões da Coreia e da Manchúria que ele se desenvolve de forma verdadeiramente ideal.

O ginseng – um adaptogene

O termo “adaptogene” foi criado em 1968 pelos professores Brekhman e Dardymov do Instituto de fisiologia e de farmacologia de Vladivostok. Designa uma substância que melhora todas as reacções do organismo face ao stress, seja ele de origem física, química ou biológica. Caracteriza na perfeição o ginseng, que tem uma acção normalizadora ou estabilizadora quando o organismo necessita de recursos adicionais ou a sua resistência está diminuída.

Melhoria do bem-estar geral

Um estudo realizado em dupla ocultação comparou os efeitos de um suplemento nutricional com e sem ginseng na sensação de bem-estar de 625 indivíduos com idade média de cerca de 40 anos. A qualidade de vida foi medida por meio de onze perguntas. Os indivíduos que tomaram o suplemento nutricional com ginseng relataram uma melhoria significativa relativamente aos que não tomaram ginseng. Observaram-se resultados semelhantes num estudo realizado em dupla ocultação e controlado por placebo envolvendo 36 pessoas com diabetes diagnosticados recentemente. Após oito semanas, os participantes que haviam tomado 200 mg de ginseng por dia relatavam melhorias do humor, do bem-estar e do desempenho psicológico que eram significativas quando comparadas com o grupo de controlo. Um estudo com duração de doze semanas, realizado em dupla ocultação e controlado por placebo, envolvendo 120 indivíduos, constatou uma melhoria do bem-estar em mulheres com idades compreendidas entre 30 e 60 anos, e em homens com idades compreendidas entre 40 e 60 anos, mas não nos homens com idades compreendidas entre os 30 e os 39 anos.

Resistir melhor ao stress e à fadiga

A comissão E do Instituto Federal Alemão para as drogas e aparelhos médicos é considerada a melhor fonte sobre a eficácia e os modos de utilização das plantas e produtos de fito terapia. Preconiza a utilização do Panax ginseng “como tónico para revigorar e fortalecer nos momentos de fadiga, astenia, redução da capacidade de trabalho ou diminuição da concentração, bem como durante a convalescença”.
Um estudo animal realizado com 270 ratinhos mostrou que um extracto de ginseng aumenta a capacidade de resistência ao stress. O efeito de 1200 mg de um extracto de ginseng foi avaliado no âmbito de um estudo cruzado, realizado em dupla ocultação e controlado por placebo, envolvendo enfermeiras fatigadas devido ao trabalho nocturno. O tratamento foi-lhes administrado durante os três primeiros dias a seguir à passagem do trabalho diurno para os turnos da noite. O terceiro turno da noite é geralmente o mais penoso. É frequente verificar-se nessa altura uma queda considerável do nível de vigília, de energia, das competências, da actividade e da capacidade de trabalho. Em três dias, uma dose diária de 1200 mg de ginseng restabeleceu as competências das enfermeiras, o seu humor bem como os desempenhos globais para níveis semelhantes aos que apresentavam no período normal de trabalho diurno. Os investigadores concluíram que o ginseng tem um efeito anti fadiga.

Um estudo realizado por uma equipa de investigadores da universidade de Buenos Aires, na Argentina, seguiu 50 indivíduos com síndrome de fadiga crónica.
Esta condições traduz-se por uma sensação de fadiga intensa e uma sensação de mal-estar e mesmo depressão.
Diferentes sintomas, como dores de garganta ou de cabeça, uma quebra no apetite e dores musculares podem também estar associadas a esta síndrome. Os sujeitos foram tratados com ginseng.
Na maioria dos casos, o estado dos pacientes melhorou de forma clara e vários sintomas diminuíram.

Melhoria dos desempenhos físicos e da recuperação

Na década de 1970, o professor Brekhman realizou vários estudos para avaliar o efeito do ginseng nos desempenhos físicos. Deu a soldados soviéticos um extracto de ginseng ou um placebo antes de estes correrem uma prova de 3000 metros. Constatou que os mais rápidos eram os que tinham consumido ginseng e que eles recuperavam também mais rapidamente do que os que haviam tomado o placebo.
O ginseng melhora a utilização do oxigénio pelos músculos e reduz a produção de ácido láctico, um resíduo metabólico produzido durante o trabalho muscular que propicia o aparecimento de cãibras.

Para confirmar os resultados obtidos no ser humano, um outro cientista mostrou que quando se administra ginseng a ratinhos este nadam durante mais tempo do que os que não tomam ginseng, o que sugere também um efeito anti-fadiga.
Num estudo com duração de nove semanas, desportistas de alto nível com idades compreendidas entre os 18 e os 30 anos tomaram diariamente 200 mg de um extracto normalizado de Panax ginseng. Os resultados evidenciaram um aumento dos desempenhos e da resistência. O efeito da toma de suplementos era geralmente sentido logo após as primeiras semanas de tratamento. O seu efeito mantinha-se por três semanas após a interrupção do tratamento.

Um estudo com duração de oito semanas, realizado em dupla ocultação e controlado por placebo, avaliou os efeitos do ginseng em 41 indivíduos, com e sem prática de exercício físico. Os participantes tomaram ginseng ou um placebo e de seguida foram submetidos a um período de treino físico ou mantiveram-se sem treino durante todo o estudo. Os resultados mostraram que o ginseng melhorava a capacidade aeróbica dos indivíduos que não faziam exercício, mas não a dos que treinavam. Num outro estudo de 9 semanas, realizado em dupla ocultação e controlado por placebo, envolvendo 30 atletas treinados, o tratamento com ginseng isolado ou associado a vitamina E produzia melhorias significativas na capacidade aeróbica. Um outro ensaio realizado em dupla ocultação e controlado por placebo envolvendo 37 indivíduos não constatou qualquer melhoria.
Um estudo realizado em dupla ocultação e controlado por placebo envolvendo 120 pessoas mostrou que o ginseng aumentava gradualmente o tempo de reacção e a função pulmonar num período de 12 semanas de tratamento em indivíduos com idades compreendidas entre os 40 e os 60 anos. Não se observou qualquer benefício nos sujeitos mais jovens.

Um efeito positivo nos desempenhos intelectuais

Num estudo envolvendo 60 sujeitos com idades compreendidas entre os 22 e os 80 anos, metade tomou diariamente durante doze semanas 200 mg de um extracto de ginseng. A toma do suplemento melhorou as capacidade de concentração e de reacção, a resistência à fadiga e a destreza dos movimentos, reduzindo também o tempo de recuperação após o esforço .
Trinta e dois estudantes saudáveis com idades compreendidas entre os 20 e os 24 anos foram seguidos durante doze semanas. Dezasseis de entre eles tomaram 200 mg de um extracto de ginseng; os outros dezasseis tomaram um placebo de aspecto idêntico. Os autores do estudo observaram uma melhoria das capacidades intelectuais nos sujeitos que tomaram o extracto de Panax ginseng. Com efeito, constataram-se efeitos positivos na atenção, na reflexão, no tempo de selecção de uma reacção e no tempo de resposta a estímulos auditivos.

Os efeitos de uma combinação de ginseng, vitaminas e minerais na fadiga induzida pelo trabalho nocturno foram avaliados em enfermeiras. Trinta enfermeiras participaram num estudo realizado em dupla ocultação e controlado por grupo de controlo, tendo sido submetidas a testes cognitivos. Os testes eram realizados antes da sua entrada ao serviço e imediatamente após o fim do turno. Depois, as enfermeiras tomaram de forma aleatória 40 mg de um extracto de ginseng associado a vitaminas e minerais ou um placebo durante um período de 12 semanas. Os testes foram repetidos às 6 e às 12 semanas. O tratamento ajudou a reduzir as perturbações cognitivas durante o período de trabalho, tendo os efeitos mais relevantes sido constatados na capacidade dos sujeitos de armazenar e recuperar informações na memória de longa duração.

Uma acção no humor e nos desempenhos cognitivos

Um determinado número de trabalhos científicos sugere que a toma regular de ginseng pode melhorar os desempenhos cognitivos nos animais e no ser humano.
Investigadores britânicos mostraram que uma dose única de ginseng tinha uma acção benéfica em vários aspectos dos desempenhos cognitivos de jovens voluntários adultos. Um estudo relativamente recente observou o efeito sobre as funções cognitivas de uma dose única de ginseng em indivíduos saudáveis. Vinte participantes tomaram 360 mg de Ginkgo biloba, 400 mg de ginseng, 960 mg de uma combinação de dois extractos ou um placebo. Os resultados confirmaram os obtidos em anteriores trabalhos de investigação e evidenciaram uma melhoria dos desempenhos de memória secundária. O ginseng gera, além disso, melhorias na rapidez do trabalho da memória e da precisão do trabalho.

O Dr. Medvedev da Academia das Ciências de Vladivostok realizou uma experiência para estudar os efeitos imediatos do Panax ginseng num grupo de operadores de rádio em boa forma física. Este grupo era constituído por 32 homens com idades compreendidas entre os 21 e os 23 anos que trabalhavam com mensagens em código. Enviavam e recebiam mensagens codificadas em números e traduziam-nas directamente para letras.
Realizaram-se testes de precisão e de rapidez de transmissão para constituir dados de controlo. Depois, realizou-se um estudo de três dias em dupla ocultação; metade dos participantes tomaram uma bebida com ginseng e a outra metade tomou um placebo. Segundo os dados de controlo, não se notou qualquer diferença significativa na rapidez de transmissão dos códigos. Por outro lado, nos 18 sujeitos que tomaram o ginseng, o índice de erros era de 17%, por oposição a 31% no grupo de controlo, o que sugere que o Panax ginseng desempenha um papel importante na eficácia do trabalho.

Investigadores suecos submeteram um grupo de sujeitos ao teste do labirinto em espiral. Alguns sujeitos tomaram ginseng, outros um placebo. Os sujeitos que tomaram o ginseng terminaram a prova em primeiro lugar, evidenciando uma melhor memória e faculdades de aprendizagem mais eficazes.

Uma acção na memória de pacientes vítimas de congestão cerebral

Investigadores chineses mostraram que o ginseng melhora as classificações em testes de memória em pacientes com demência após uma congestão cerebral. Observam-se frequentemente perdas de memória ou demência em idosos, particularmente após uma congestão cerebral.
Os investigadores trataram com ginseng 25 pacientes que haviam sofrido uma congestão cerebral e sofriam de demência vascular ligeira a moderada. Os participantes realizaram testes de memória no início do estudo e após doze semanas de toma do suplemento. No conjunto, os investigadores constataram que as classificações nos testes de memória melhoravam significativamente após apenas doze semanas a tomar o suplemento. Num outro estudo, investigadores testaram 40 pacientes que haviam sofrido lesões cerebrais após múltiplas congestões cerebrais ligeiras. Deram de forma aleatória comprimidos de ginseng três vezes por dia a 25 de entre eles ao passo que os outros 15 eram tratados com Duxil, um medicamento que aumenta os níveis de oxigénio nas células do cérebro e é actualmente utilizado na China para tratar pacientes que tenham sofrido uma congestão cerebral. Os pacientes dos dois grupos foram submetidos a testes de memória antes do início dos dois tratamentos ou ao fim de doze semanas.
A melhoria das classificações nos testes de memória eram mais significativas nos pacientes que haviam tomado o ginseng.

Estimulação do sistema imunitário

Num estudo realizado em dupla ocultação e controlado por placebo, 227 pessoas tomaram 100 mg de ginseng ou um placebo. Após quatro semanas de toma do suplemento, foram vacinadas contra a gripe. As pessoas que haviam tomado ginseng apresentavam menor risco de apanhar uma constipação ou uma gripe do que as que tomaram o placebo (15 casos contra 42).
Os investigadores descobriram também que os índices de anticorpos em resposta à vacinação eram mais elevados no grupo que tomou o suplemento. O ginseng é útil para todos os que sofrem de uma pressão física ou emocional. Actua a diferentes níveis do organismo e ajuda-o a responder às exigências extremas face a desafios físicos ou intelectuais.
Em períodos de sobrecarga de trabalho, de exames, de competições desportivas, o ginseng estimula as faculdades mentais, melhora a forma e os desempenhos físicos, reforça a resistência …
O ginseng parece ter um efeito mais importante nos indivíduos fatigados, deprimidos e sem iniciativa, que são os sintomas típicos observados após um período de doença.

Melhoria da função sexual

Investigadores coreanos examinaram os efeitos do ginseng coreano vermelho em 45 homens com disfunção eréctil no âmbito de um estudo cruzado, aleatório, realizado em dupla ocultação. Os sujeitos tomaram 900 mg de ginseng ou um placebo três vezes por dia. Oito semanas mais tarde, os sujeitos que tomavam o ginseng interromperam o tratamento durante duas semanas e depois tomaram um placebo. Do mesmo modo, os sujeitos que inicialmente tomavam o placebo começaram a tomar ginseng durante um período de oito semanas. Enquanto estavam a tomar ginseng, os homens apresentavam índices de funcionamento eréctil, desejo sexual e de satisfação superiores aos dos que estavam a tomar o placebo. Os homens relataram uma maior capacidade de conseguir e de manter uma erecção quando tomavam ginseng do que quando tomavam o placebo. Os autores do estudo avançaram a hipótese de que o ginseng podia melhorar a erecção ao aumentar a produção de óxido nítrico.

Uma acção reguladora da glicemia

Um estudo realizado em dupla ocultação avaliou os efeitos do ginseng (em doses de 100 ou de 200 mg por dia) em 36 pessoas com diabetes do adulto. Os resultados mostraram uma melhoria do controlo da glicemia. Os autores atribuíram esta melhoria a um aumento espontâneo da actividade física no grupo de pacientes que estava a tomar o ginseng.

Referências:
- Brekhman, Dardymov, Lloydia. 1969; 32 :46-21.
- Halstrom C. et al. Compara. Med. East West. 1982. 6(4): 277-82.
- Sonnenborn U. et al. British Journal of Phytotherapy, 1991. 2:3-14.
- Sorensen H. et al. Curr. Ther. Res. 1996 57 (12): 959-968.
- Marasco C. et al. Drugs Expr. Clin. Res. 1996; 22(6) : 323-9.
- Kennedy D.O. et al. Physiol. Behav. 2002 Apr 15; 75(5):79-51.
- Scaglione F. Drugs Exp. Clin. Res. 1996; 22(2): 65-72.
- Hong B. et al. J. Urol. 2002 Nov; 168(5): 2070-3.
- Jinzhou Tian, Feb 14, 2003, presentation American Stroke association meeting, Phoenix, Ariz.
- Soetaniemi E.A. et al. Diabetes Care. 1995; 18: 1373-1375.
- Cherdrungsi P. et al. Korean J. ginseng Sci. 1995; 19: 93-100.
- Forgo I. MMW Munch Med. Wochenschr 1983; 125: 822-824.
- McNaughton L.G. et al. Int. J. Clin. Nutr. Rev. 1989; 9: 32-35.
- Forgo I. et al. Med. Welt 1981; 32: 751-756.
- Caso Marasco A. et al. Drugs Exp. Clin. Res. 1996; 22: 323-329. .
Encomendar o nutriente evocado neste artigo
Ginseng 30%

A planta líder incontestada da medicina chinesa

www.supersmart.com
Siga-nos
Seleccione o idioma à sua escolha
ptfrendeesitnl

Gratuito

Obrigado pela sua visita; antes de partir

INSCREVA-SE NO
Club SuperSmart
E beneficie
de vantagens exclusivas:
  • Gratuito: a publicação científica semanal "Nutranews"
  • Promoções exclusivas para membros do clube
> Continuar