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11-11-2014

SAMe: PARA ACABAR COM A DEPRESSÃO!

Um nutriente, a S-Adenosil Metionina (SAMe), é tão eficaz como os medicamentos e permite obter resultados duas vezes mais rapidamente e sem qualquer efeito secundário


A depressão não é um problema menor: perto de uma pessoa em cada duas vivencia um episódio depressivo num determinado momento da sua vida. A depressão despoja-nos da nossa vitalidade e da nossa alegria de viver. Arruína as relações humanas, os casamentos e as carreiras.

Apesar dos avanços seguros, os mais recentes medicamentos antidepressivos, lançados com grandes campanhas mediáticas, continuam a ser drogas duras que podem originar efeitos secundários por vezes insuportáveis e que demoram semanas a produzir um efeito.

Hoje em dia existe finalmente uma alternativa: um suplemento nutricional disponível sem receita médica e que permite, como está comprovado, vencer a depressão mais rapidamente do que com medicamentos. Durante 20 anos este suplemento foi objecto de ensaios clínicos envolvendo vários milhares de indivíduos em instituições prestigiadas nos Estados Unidos e na Europa. Não se trata de uma erva nem de uma vitamina, mas sim de uma substância produzida naturalmente pelo organismo. Restabelecer níveis ideais deste nutriente essencial pode ter efeitos notáveis. A SAMe tem uma eficácia igual ou superior à dos melhores medicamentos, eficácia essa demonstrada por estudos comparativos. E, em média, a SAMe começa a actuar em apenas sete dias, ao passo que os medicamentos necessitam de duas a quatro semanas para começarem a actuar.

O problema dos efeitos secundários

A eficácia dos medicamentos contra a depressão melhorou consideravelmente, mas continuam a estar longe de serem panaceias. Precisam de semanas (por vezes meses) para actuar e, nesse intervalo de tempo, é frequente o estado dos pacientes agravar-se. Além disso, têm de suportar inúmeros efeitos secundários desagradáveis, como a secura da boca, as dores de cabeça, a impossibilidade de se concentrar, a obstipação, as náuseas e por vezes o aumento de peso e as disfunções sexuais. Estes problemas levam muitas vezes (em 30% ou menos dos casos) os pacientes a interromper o seu tratamento. Quanto aos que persistem, tornam-se rapidamente dependentes do tratamento; a interrupção brutal produz sintomas de privação. A interrupção do tratamento deve, por isso, ser progressiva e controlada. As depressões não identificadas

Muitas vezes, quem sofre de depressão recusa admiti-lo. Temem que o facto de ir a uma consulta por depressão seja interpretado como um sinal de fraqueza, ausência de carácter ou uma falha de personalidade. Uma das principais vantagens da SAMe consiste em poder ser obtida facilmente e sem consulta médica; mantém-se na esfera privada. Muita gente que teria sofrido em silêncio pode assim encontrar uma solução para o seu problema e muito mais rapidamente do que esperariam.

Atenção: 90% dos depressivos sofrem de depressão unipolar; são depressivos permanentemente ou quase. Os restantes 10% sofrem de depressão bipolar (ou mania depressiva), em que períodos de intensa excitação se sucedem a momentos de extrema melancolia; estes apenas deverão usar a SAMe com aconselhamento de um terapeuta.

O que é a SAMe ?

A SAMe é geralmente produzida no organismo a partir do aminoácido essencial metionina, da vitamina B12, do ácido fólico e da molécula energética adenosina trifosfato (ATP). A SAMe não é distribuída de forma equilibrada entre os seres humanos; os níveis séricos são sete vezes mais elevados nas crianças do que nos adultos. Os homens fabricam um pouco menos que as mulheres. Os indivíduos com problemas neurológicos e depressão apresentam sempre níveis de SAMe significativamente reduzidos.

A SAMe e a Metilação

O papel chave da SAMe no processo de metilação torna-a absolutamente indispensável para a saúde humana. A metilação, pela qual uma molécula transfere um grupo metilo para outra molécula (um átomo de carbono e três átomos de hidrogénio) é um processo crucial, que activa mais de uma centena de reacções bioquímicas. A actividade de metilação declina com a idade. Os especialistas acreditam agora que este abrandamento contribui para o próprio processo de envelhecimento e o desenvolvimento de várias doenças. A SAMe intervém, nomeadamente:
    - Na metilação do ácido desoxirribonucleico (ADN), que é o verdadeiro sistema de exploração do organismo e contribui para regular processos tão essenciais como o crescimento celular, o sistema imunitário e a reprodução. Pensa-se actualmente que a sub-metilação do ADN é uma das razões pelas quais os cancros se desenvolvem, dado que prejudica a capacidade do organismo de reparar as células danificadas antes de estas se tornarem cancerosas.
    - Na metilação das proteínas, que está implicada na activação dos receptores membranares, sem os quais as células não conseguem comunicar umas com as outras. Ora, ficou demonstrado que uma simples deficiência do metabolismo proteico é suficiente para desencadear uma depressão.
    - Na metilação dos fosfolípidos, que constituem as próprias membranas celulares; a SAMe permite manter a sua flexibilidade e a sua permeabilidade, indispensáveis às trocas celulares.

A SAMe e a trans-sulfuração

A trans-sulfuração é o processo pelo qual o organismo produz o seu principal antioxidante endógeno – o Glutatião – a partir dos aminoácidos cisteína, ácido glutâmico e glicina. A SAMe intervém de forma crítica nesta reacção. Níveis elevados de Glutatião permitem proteger o fígado e desintoxicá-lo, proteger o ADN, reforçar o sistema imunitário e reduzir os fenómenos inflamatórios.

A SAMe e a trans aminopropitação

A SAMe está implicada na produção das poliaminas (dita aminopropilação) espermidina e espermina. Um subproduto desta aminopropilação, a metiltioadenosina, desempenha um papel essencial no controlo da dor e da inflamação.

A SAMe e a homocisteína

A homocisteína é um aminoácido tóxico que é um subproduto do processo de metilação. A acumulação de homocisteína é um factor importante de risco cardiovascular. Observou-se também uma correlação entre níveis elevados de homocisteína e depressão. A SAMe ajuda a reduzir o nível de homocisteína activando uma enzima (a cistationa-beta-sintetase) que a converte em Glutatião!

A SAMe e a depressão: uma investigação soberba!

A SAMe é uma das substâncias naturais mais estudadas; foi objecto de milhares de estudos, de entre eles 39 ensaios clínicos que investigaram a sua capacidade de controlar a depressão. Estes estudos envolveram perto de 1400 pacientes, na sua maioria com depressões graves, e que, frequentemente, não tinham obtido resultados com tratamentos convencionais.

Segundo estes estudos, a SAMe consegue aumentar simultaneamente as concentrações no cérebro de vários neurotransmissores: noradrenalina (um estimulante natural), dopamina (que origina o sentimento de bem-estar) e serotonina (um calmante natural). Um aumento dos níveis destes neuromediadores está geralmente associado a efeitos antidepressivos. Uma meta-análise publicada na Acta Scandinavia Neurologica em 1994 compilou os estudos publicados entre 1973 e 1992 (11 estudos controlados por placebo, 14 estudos comparativos e 13 estudos abertos); este “estudo dos estudos” concluiu que “A eficácia da SAMe para tratar as síndromes depressivas é superior à do placebo e comparável à dos antidepressivos tricíclicos. Como a SAMe é um composto natural praticamente sem efeitos secundários, os seus efeitos antidepressivos tornam-na uma ferramenta potencialmente importante no arsenal do psicofarmacólogo moderno”. Estes estudos e outros posteriores confirmam que a SAMe mantém o seu lugar entre os antidepressivos mais potentes, mas distingue-se deles pela rapidez com que actua e pela forma notável como é tolerada.

Como tomar a SAMe ?

A dosagem certa: A dose de partida de SAMe é de 400 mg por dia (200 mg com o estômago vazio antes do pequeno-almoço e antes do almoço). Esta dosagem produz geralmente efeitos em menos de 15 dias. Certas pessoas podem ter necessidade de tomar 800 mg por dia. Se após 15 dias adicionais esta dosagem não surtir melhorias suficientes, será preciso consultar um terapeuta experiente. Pode dar-se o caso de ser precisa uma dosagem superior ou combinar a SAMe com um outro produto.

A SAMe vai funcionar comigo?
O produto mágico, 100% eficaz, não existe. Os estudos mostram que a SAMe é eficaz em 70% dos indivíduos que a tomam. Este resultado é igual ou superior ao dos restantes antidepressivos. Mas a SAMe não lhe pode fazer mal! E quando é tomada em combinação com outros medicamentos, permite muitas vezes reduzir a sua dosagem e melhorar a sua eficácia.

Durante quanto tempo é preciso tomá-la?
Não há qualquer risco em tomar SAMe durante muito tempo. Apesar de a SAMe actuar rapidamente, é preferível não interromper o tratamento antes de ter obtido uma melhoria completa e duradoura. Se não está totalmente recuperado de uma depressão, corre um risco acrescido de recaída. Se se trata do seu primeiro episódio depressivo, continue a tomar SAMe durante pelo menos três meses após o seu estado ter melhorado pelo menos 50%. Se se trata da sua terceira depressão, isso significa que é uma pessoa particularmente em risco, portanto deverá tomar uma dose de manutenção de SAMe de forma contínua.

Existe risco de sobredosagem ou de habituação?
Não! A SAMe foi administrada em dosagens superiores a 3600 mg por dia sem efeitos secundários para além de ligeiros desarranjos intestinais. E, contrariamente aos medicamentos, a SAMe não origina qualquer habituação. Não existe qualquer risco quando se interrompe a toma do suplemento para além, claro está, do regresso prematuro a um estado depressivo.

Existem interacções perigosas?
Não é aconselhável ingerir álcool quando se está deprimido pois o álcool tem um efeito depressivo próprio. Contudo, não é perigoso beber quando se toma SAMe. Na verdade, a SAMe tem um efeito extremamente benéfico na função hepática e foi utilizada, em combinação com outros nutrientes e medicamentos, para ajudar alcoólicos a livrar-se da sua dependência. Não existe qualquer contra-indicação quando a SAMe é tomada concomitantemente com medicamentos. No entanto, desaconselha-se – por precaução – combinar a SAMe com medicamentos da classe dos inibidores da monoamino-oxidase (IMAO).

Podemos combinar a SAMe e o extracto de hipericão?
Sim, para os indivíduos que não responderam de forma satisfatória a uma só destas duas substâncias. E tome também uma boa fórmula multivitamínica contendo dosagens significativas de vitamina B12 e de ácido fólico, magnésio e ácidos gordos omega 3.

Sem efeitos secundários, mas com vantagens variadas

A SAMe tem um papel bioquímico tão importante que é certamente um dos nutrientes mais versáteis e potentes que poderá tomar:
    - Ensaios clínicos de relevo demonstraram a eficácia da SAMe no tratamento da artrose, da artrite e dos reumatismos. O American Journal of Medicine publicou um número especial inteiramente consagrado a este assunto (20 de Novembro de 1987, vol. 83, anexo 5A) e concluiu "A SAMe é eficaz para aliviar a dor e é notavelmente livre de efeitos secundários". Num estudo alemão envolvendo 20 621 pacientes, 70% dos médicos e 75% dos pacientes classificaram-na como "eficaz" ou "muito eficaz". A SAMe (400 a 800 mg por dia) alivia a dor tão bem como os anti-inflamatórios não esteróides e proporciona também vantagens condroprotectoras significativas que os anti-inflamatórios não conferem.
    - A SAMe foi utilizada com êxito para tratar afecções hepáticas graves como as hepatites e a cirrose. A SAMe permite ao fígado aumentar a produção de Glutatião, o elemento chave do processo de desintoxicação. No tratamento da hepatite C, a SAMe permitiu aumentar a eficácia do tratamento com interferão e limitar os seus efeitos secundários.
    - A SAMe foi igualmente utilizada, isolada ou como adjuvante, no tratamento da fibromialgia (cf. Nutranews Outubro de 1999), das doenças neuro-degenerativas (Alzheimer e Parkinson) e de todos os distúrbios associados à presença excessiva de homocisteína no organismo.

Uma única substância consegue realmente fazer tudo isso?

Sim ! A SAMe é uma substância natural que está normalmente presente no organismo. Desempenha um papel crucial em três circuitos bioquímicos essenciais: transmetilação, trans-sulfuração e trans aminopropilação, bem como em trinta e cinco reacções a eles associadas. É esta versatilidade que explica os potentes efeitos antidepressivos, analgésicos, anti-inflamatórios, desintoxicantes e condroprotectores da SAMe.

Este artigo inspira-se na obra "Stop depression now" de Richard Brown, M.D. e Teodoro Bottiglieri, Ph.D. (G.P. Putnam's Sons, New York, 1999). O Dr. Brown é professor associado de psiquiatria clínica na Universidade de Columbia. O Dr. Bottiglieri é director da neurofarmacologia na Universidade Baylor. Estuda a SAMe há mais de 30 anos. A sua obra contém todas as referências dos estudos citados neste artigo.
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