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28-05-2018

Gorduras corporais – uma nova consequência surpreendente do excesso de peso

Gorduras corporais Pudim com cerejas do pomar, leite-creme acabadinho de sair do forno, tomate sumarento da horta, queijo de cabra caseiro… Para a maioria das pessoas, estes alimentos evocam sabores inesquecíveis e prazeres inestimados. Contudo, parece que um em cada dois europeus (1) não os consegue apreciar com a intensidade exacta.

Um estudo publicado na PLOS Biology mostra que o excesso de gorduras corporais, que afecta actualmente metade da população ocidental, reduz sensivelmente o número de papilas gustativas existentes na língua, levando a uma diminuição da capacidade gustativa.

Esta perda de capacidades gustativas poderia contribuir para os distúrbios alimentares dos indivíduos com excesso de peso, propiciando o consumo de alimentos industriais com fraca qualidade nutricional e que contêm inúmeros intensificadores de sabor (sal, glutamato monossódico, etc.).

Como é que as papilas gustativas diminuem em caso de excesso de peso e porquê?

Os autores do estudo compararam o futuro de dois grupos de ratinhos; um foi alimentado com uma alimentação “normal” composta por 14% de ácidos gordos, enquanto o outro foi alimentado com uma alimentação “obesogénica” composta por 58% de ácidos gordos.

Após 8 semanas de tratamento, os investigadores não ficaram muito surpreendidos com o aumento de peso maciço dos sujeitos submetidos à alimentação “obesogénica”. Por outro lado, ficaram espantados por observar uma diminuição de cerca de 25% no número de papilas gustativas existentes na língua desses sujeitos.

Verificaram que esta redução não estava directamente ligada às gorduras contidas na sua alimentação pois não a detectaram nos indivíduos expostos à mesma alimentação, mas geneticamente resistentes ao aumento de peso. Só os sujeitos que aumentaram de peso é que evidenciaram uma diminuição no número de papilas gustativas. Por conseguinte, foi a acumulação excessiva de gorduras corporais que provocou esta alteração surpreendente.

Os autores suspeitaram então que seria a inflamação provocada pelas gorduras que estaria na origem do desaparecimento destas papilas gustativas. Actualmente reconhece-se que o excesso de peso está associado a um estado inflamatório crónico; o tecido adiposo produz continuamente citocinas pró-inflamatórias (moléculas que servem de sinais para as células), como o factor de necrose tumoral (TNFα). Ora, os investigadores encontraram precisamente esta citocina em abundância em torno das papilas gustativas dos animais com excesso de peso.

Para validar esta hipótese, os investigadores seleccionaram indivíduos geneticamente incapazes de produzir citocinas TNFα e fizeram com que engordassem. Apesar do seu aumento de peso, estes animais não sofreram qualquer redução do número de papilas gustativas. Adicionalmente, injecções de citocinas TNFα na língua de sujeitos magros conduziram a uma redução do número de papilas gustativas apesar do fraco nível de gorduras corporais. É, portanto, a produção de TNFα pelas gorduras corporais que provoca uma perturbação dos mecanismos de manutenção e de renovação das papilas gustativas.

A boa notícia é que este efeito parece ser reversível em caso de perda de peso.
A má notícia é que a perda de peso no ser humano é difícil de pôr em prática e que esta alteração do paladar contribui frequentemente para o agravamento da situação. Até porque, com o passar do tempo, o número de papilas gustativas parece diminuir inevitavelmente…

Quais são as consequências possíveis de uma perda da capacidade gustativa?

Uma perda de capacidade gustativa pode ter consequências mais graves do que parece. As pessoas que são vítimas deste problema têm tendência para privilegiar inconscientemente os alimentos mais salgados ou ricos em intensificadores de sabor para experimentar a mesma sensação de sabor ou de prazer que tinham antes. O fenómeno é pernicioso e leva progressivamente a uma habituação a estes produtos, a maior parte das vezes ultra transformados e associados a um aumento de peso. A longo prazo, um tal comportamento pode mesmo gerar faltas de determinados micronutrientes, como vitaminas ou oligoelementos, agravando tanto o excesso de peso como o reconhecimento gustativo.

Que fazer quando os alimentos têm menos sabor?

Decida finalmente perder peso. A obesidade pode ser a consequência de um adiamento permanente da decisão de perder peso. Ora, é do conhecimento geral que quanto mais as gorduras se instalarem, mais difícil será livrar-se delas. Até porque o aumento de peso acarreta sintomas que propiciam a manutenção e o armazenamento de novas gorduras, bem como a perda de paladar, a desadaptação à actividade física, as dores inflamatórias… É por isso urgente sair o mais rápido possível de um círculo vicioso que afecta mais de uma em cada duas pessoas na Europa.

Para o conseguir, construa um verdadeiro programa de retoma do controlo não negligenciando qualquer pista credível: a retoma progressiva da actividade física, a adopção de hábitos de vida mais saudáveis em matéria de sono e de stress, o abandono de hábitos alimentares duvidosos, a ajuda constituída por plantas (sobretudo as que são normalizadas como Garcinia cambogia ou a fórmula Weight Loss Formula) e pelas fibras solúveis (Organic Acacia) para atingir mais facilmente a saciedade... É o conjunto destas medidas e a intensidade do seu compromisso que podem fazer com que ganhe a parada.

E se ainda hesita em dar o passo, saiba que a perda de paladar é apenas uma das consequências do excesso de peso, entre muitas outras. Sem seguir qualquer ordem específica, encontramos também o excesso de sudação, faltas de ar, baixa da fertilidade, cálculos biliares, refluxo gastroesofágico e, evidentemente, problemas mais graves como a hipertensão, a diabetes de tipo 2 (9 pessoas em cada 10 que sofrem da doença têm problemas de peso (2)), um risco acrescido de pelo menos 13 cancros diferentes (nomeadamente os cancros ligados ao sistema digestivo) e de demência, uma esperança de vida mais curta (até 10 anos a menos nos casos de excesso de peso elevado) (3-4) … A lista é extensa.

Escolha ingredientes frescos de melhor qualidade e com um gosto mais acentuado. Se lhe apetecer salgar abusivamente os seus pratos porque os acha demasiado enfadonhos ou se morrer de vontade de não resistir a produtos industriais que acha mais saborosos, é sem dúvida porque deixou de lado os alimentos frescos de gosto pronunciado como as especiarias, as ervas aromáticas frescas, os queijos fermentados, os citrinos, os peixes fumados… Durante o processo de recuperação de um paladar mais apurado, utilize-os com moderação e retome o gosto pela cozinha.

Aumente os seus aportes em zinco. O zinco é um oligoelemento essencial para activar uma enzima envolvida nos mecanismos do paladar – a gustina. Uma falta de zinco pode portanto agravar a nossa percepção gustativa. Ora, acontece que os aportes médios em zinco nos indivíduos com mais de 50 anos apenas atingem 69% dos aportes nutricionais recomendados (5). Razão pela qual o consumo de alimentos ricos em zinco (como os frutos do mar, as vísceras, as sementes de abóbora e de sésamo, as leguminosas…) e a utilização de suplementos de zinco, tais como L-OptiZinc®, se podem revelar eficazes para melhorar as perdas de paladar (6).

Seja qual for o seu caso, acima de tudo não caia na armadilha do sal; trata-se de um composto que altera profundamente os nossos circuitos neuronais e cujas doses têm de ser continuamente aumentadas para provocar os mesmos efeitos (Como o sal altera os nossos receptores gustativos e os nossos comportamentos).

O estudo principal do artigo

Andrew Kaufman, Ezen Choo, Anna Koh, Robin Dando. Inflammation arising from obesity reduces taste bud abundance and inhibits renewal. PLOS Biology, 2018; 16 (3): e2001959 DOI: 10.1371/journal.pbio.2001959

Referências:

1. Eurostat – Communiqué de presse (octobre 2016) - http://ec.europa.eu/eurostat/documents/2995521/7700908/3-20102016-BP-FR.pdf/6a7f5689-11b2-4862-8b29-d5bf59795b87
2. Organisation mondiale de la Santé. Thèmes de santé, Obésité - Obesity and overweight : Fact Sheet, OMS.
3. Vita AJ, Terry RB, et al. Aging, health risks, and cumulative disability. N Engl J Med. 1998 Apr 9;338(15):1035-41.
4. Fontaine KR, Redden DT, et al. Years of life lost due to obesity. JAMA. 2003 Jan 8;289(2):187-93.
5. Prasad AS, Fitzgerald IT, Hes JW, Kaplan J, Pelen F, Dardenne M. Zinc deficiency in elderly patients. Nutrition 1993;9:218-24.
6. Heyneman CA. Zinc deficiency and taste disorders. Ann Pharmacother 1996; 30(2): 186-7.
Encomendar os nutrientes evocados neste artigo
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