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18-08-2016

O super alimento que sorve o mercúrio

chlorella Se come regularmente peixe e mariscos, eis uma estratégia muito simples que lhe pode interessar.

Existe uma alga – bem conhecida – que tem a capacidade de se ligar ao mercúrio (e aos outros metais pesados como o chumbo, o cádmio, etc.)
Chama-se chlorella.
A chlorella vende-se (barata) em cápsulas. Encontra-a evidentemente na forma bio.
Quando faz uma refeição de peixe ou de marisco e receia um aumento dos metais pesados no seu corpo, pode simplesmente tomar uma cápsula de chlorella à refeição ou depois dela.
Assim, as moléculas de mercúrio e outros metais pesados ligar-se-ão à chlorella directamente no seu estômago, antes mesmo de serem absorvidas pelo intestino, sendo eliminadas pela via intestinal normal.

Trata-se de uma forma simples, prática e barata de evitar a acumulação de demasiados metais pesados no seu corpo. E evitará ter de fazer uma verdadeira “quelação”, cujos inconvenientes para a saúde e custo são consideráveis (ver mais adiante).

Porque é que os peixes e os mariscos contêm mercúrio

Nos meios aquáticos, o mercúrio elementar reage para formar um composto orgânico tóxico: o metilmercúrio (MeHg). Presente em concentrações baixas na água do mar ou nos sedimentos, o metilmercúrio concentra-se e acumula-se nos tecidos dos organismos vivos ao longo de toda a cadeia alimentar: é a chamada “bioacumulação”. É a razão pela qual o encontramos nos predadores dos níveis superiores da cadeia alimentar, que são a maioria dos peixes que consumimos: atum, tubarão, lúcio, peixe-espada.

Quanto aos mariscos – mexilhões, ostras, vieiras, lavagantes e lagostins – filtram permanentemente a água do mar retendo também nos seus tecidos uma parte dos metais nela contidos naturalmente, ou porque nela são rejeitados pelo homem nos oceanos.

Isto não quer dizer que seja necessário deixar de comer peixe e mariscos. Pelo contrário, apesar dos metais pesados, vários estudos científicos mostraram que estes continuam a ser benéficos para a saúde. Fornecem proteínas boas e omega 3. O consumo de peixe duas vezes por semana reduz nomeadamente o risco de depressão em 25% das mulheres [1].

Mas tomar a cada refeição de produtos do mar uma simples cápsula de chlorella diminuirá significativamente a absorção dos metais pesados existentes nestes alimentos.

Porque é que não deve deixar acumular-se mercúrio no seu corpo

O mercúrio é um metal pesado. É nocivo para o sistema nervoso. Ora, quando penetra no nosso corpo (pelo tubo digestivo ou pela pele) o mercúrio fixa-se nos tecidos adiposos (gordos); acontece que o nosso cérebro é constituído por 80% de gorduras.

Exerce então efeitos nocivos bloqueando as nossas enzimas, o que conduz a problemas neurológicos. E particularmente perigoso no cérebro dos fetos, tendo sido recentemente associado à hiperactividade [2].
Trata-se de um inconveniente que apenas irá piorar no futuro, devido ao aumento dos poluentes nos mares e oceanos.
Contudo, é preciso resguardarmo-nos (como sempre) de qualquer catastrofismo. Muitos gurus na Internet exageram totalmente a gravidade, e sobretudo a frequência, das intoxicações com mercúrio. São geralmente as mesmas pessoas que lhe aconselharão de seguida um protocolo de quelação (protocolo de eliminação dos metais pesados) à base de plantas e de produtos naturais, na realidade ineficazes para este problema.
É possível acontecer uma verdadeira intoxicação com mercúrio, que deverá ser levada muito a sério, mas é muito mais raro do que se imagina. Como são raras, são também mais difíceis de diagnosticar pelos médicos, que apenas se alarmam quando a intoxicação é flagrante, por ex. no caso de uma criança que parte um termómetro de mercúrio e o leva à boca ou em caso de acidente industrial.

A quelação (eliminação dos metais pesados) eficaz contra as doenças cardíacas

Contudo, ficou actualmente provado cientificamente que a quelação acarreta benefícios para a saúde, em particular contra as doenças cardíacas.
Aquando de um congresso organizado pelo American College of Cardiology em São Francisco, investigadores apresentaram resultados de um estudo envolvendo 1700 pessoas no qual a quelação dos metais pesados melhorou de forma significativa a saúde de indivíduos que já haviam sofrido um acidente cardiovascular. O responsável pelo estudo, o Dr. Lamas, declarou durante o congresso: “Transformámos o que era uma terapia alternativa duvidosa numa verdadeira ciência e obtivemos resultados espantosos.”
Mas estes protocolos de quelação implicam a utilização de moléculas químicas capazes de captar o mercúrio nas células adiposas onde está preso. Ao captar o mercúrio, estes medicamentos eliminam também os nutrientes. É por esta razão que é sempre necessário complementar uma quelação com a toma de multivitaminas e de minerais.
No estudo citado atrás, apenas os indivíduos que seguiram uma quelação tomando em simultâneo multivitaminas reduziram realmente o risco de um novo acidente cardiovascular (diminuição significativa do risco em 26%) [3].

Mas em todo o caso o ideal é evitar chegar a este ponto.

Se uma pessoa estiver realmente intoxicada com mercúrio e a sua saúde for fraca, o protocolo de eliminação – que vai brutalmente “libertar” e “pôr em circulação” uma quantidade significativa de moléculas de mercúrio que o organismo tinha pacientemente e sabiamente “isolado” e “enquistado” e tornado inofensivas – pode ser perigoso.

É por isso que a abordagem que recomendo não é a abordagem brutal, a “quelação” integral que o vai limpar de forma profunda em apenas alguns dias ou semanas de todos os metais pesados que possui no organismo.


Elimine o seu stock de metais ao longo do tempo e de forma suave


O nosso organismo dispõe de uma molécula natural capaz de eliminar progressivamente o mercúrio.
Mas o processo é lento. Sobretudo, é impedido pela chegada constante de novos poluentes.
Daí o interesse de limitar a sua absorção de metais pesados sempre que puder.
É por esta razão que recomendo o consumo regular de chlorella, uma alga que tem a capacidade de se ligar aos metais pesados na sua alimentação e dos eliminar do seu corpo, de forma suave. Desta forma permitirá ao seu corpo eliminar o stock de metais pesados ao longo do tempo.
A quantidade de chlorella recomendada para optimizar este fenómeno é de 4 g, sempre que consumir peixe ou marisco.

Atenção à escolha da sua chlorella

Preste atenção e verifique o local de proveniência da chlorella, pois como ela atrai os metais pesados e os poluentes, pode ser facilmente contaminada. Trata-se de uma planta que limpa o planeta tal como limpa o seu corpo, por isso só deve ser cultivada e acondicionada segundo as normas de pureza mais exigentes.

Certifique-se portanto de que compra chlorella num vendedor de confiança, que aceite fornecer-lhe as fichas de análises técnicas garantindo a ausência de poluentes.

Faça estas perguntas à empresa que lhe fornece a chlorella:
    Com que frequência analisa os lotes de chlorella?
    Tem os certificados de conformidade das condições de produção em agricultura biológica?
    A chlorella é proveniente de um meio natural ou de bacias artificiais (estas últimas são mais fáceis de controlar)?
    O produtor verifica a contaminação com metais pesados?
Aqui encontra chlorella que cumpre estes critérios de qualidade (link activo).
É cultivada segundo um caderno de encargos rigoroso estabelecido pelo ministério da agricultura alemão e é certificada como BIO.
As bacias de cultura situam-se em zonas preservadas afastadas de zonas urbanas, industriais e agrícolas. A água utilizada para a cultivar é uma água continuamente sujeita a análises (pH, resíduos, …).
Todos os lotes são analizados antes de serem postos no mercado; análise à clorofila, carotenóides, proteínas, pesticidas, metais pesados (chumbo, arsénio, mercúrio), bactérias (estafilococos, salmonelas…).

Virtudes suplementares

Os efeitos benéficos da chlorella vão para além de proteger contra os metais pesados.

Na verdade trata-se de uma planta com qualidades nutritivas excepcionais. Após a última guerra, acreditava-se que esta planta poderia resolver o problema da sobrepopulação, mas a sua produção necessita de muito cuidado, sendo por isso muito dispendiosa para que possa servir de alimento de base.
A chlorella contém 60% de proteínas e todos os aminoácidos essenciais, o que faz dela um excelente alimento para os vegetarianos. Além disso, é rica em vitaminas do grupo B, em GABA (para a moral), em folato, em vitamina B12 e em ferro.
As suas virtudes para a saúde são imensas. Segundo estudos realizados com animais, a chlorella seria eficaz contra a fibromialgia, faria baixar ligeiramente a hipertensão e poderia ter um efeito preventivo anti cancro.
Saúde!
Jean-Marc Dupuis
Esta circular foi elaborada com base na adaptação de um artigo inicialmente publicado em santenatureinnovation.com, com o acordo destes.



Fontes:



[1] Smith K. Longitudinal Associations Between Fish Consumption and Depression in Young Adults. Am. J. Epidemiol. (2014) doi: 10.1093/aje/kwu050 First published online: April 15, 2014
[2] Arch Pediatr Adolesc Med. 2012;():1-9.
[3] Lamas GA, et al. Randomized comparison of high-dose oral vitamins versus placebo in the Trial to Assess Chelation Therapy (TACT). ACC meeting 2013.
Encomendar o nutriente evocado neste artigo
Chlorella

Muito rica em clorofila natural e em ácidos nucleicos.

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