Os pássaros começam a cantar, o ar torna-se mais suave, a Primavera atinge o pleno e isso faz bem. Mas, tal como as outras estações, traz também consigo o seu lote de desconfortos: o Inverno fatigou os organismos, o fígado e o sistema digestivo estão obstruídos, as insónias e as azias do estômago multiplicam-se…
Como acompanhar da melhor forma o organismo nas suas alterações funcionais primaveris? Como explorar os tesouros naturais da Primavera e chegar em plena forma ao Verão?
Antes do aparecimento da medicina moderna, os homens selvagens sabiam explorar os recursos das estações do ano para se acomodarem melhor às alterações vindouras. Notaram que a disponibilidade dos alimentos e dos vegetais não era repartida por acaso; a densidade energética mais elevada dos legumes de Outono (como a batata, a abóbora ou a pastinaga) ajuda, por exemplo, a ultrapassar o rigor do Inverno, ao passo que as frutas e os legumes de Verão (como o tomate, os pimentos ou o feijão), que encerram carotenóides preciosos, conseguem reduzir os efeitos dos raios UV do sol.
Felizmente, estes segredos não desapareceram todos e alguns são até redescobertos actualmente pela ciência. Eis alguns que se adaptarão perfeitamente à sua rotina diária…
Na Primavera, os episódios de fadiga são particularmente frequentes. A alimentação de Inverno esgotou o sistema digestivo e o metabolismo de base aumenta rapidamente por efeito da luminosidade crescente. É o período ideal para levar a cabo “curas” – curtos períodos em que vai modificar a sua alimentação, focando-se em determinados grupos de alimentos.
O objectivo de uma cura não é perder peso, mas sim purgar o sistema digestivo fornecendo-lhe menos tipos de alimentos para digerir ou evacuar. Desta forma, os eixos da digestão são limitados, os resíduos para evacuar são menos numerosos e os stocks de micronutrientes necessários ao bom funcionamento do corpo podem reconstituir-se.
Geralmente, este tipo de cura tem várias consequências positivas para a saúde:
Concretamente: durante uma semana, consuma unicamente legumes (couve, agrião, funcho, rabanetes, ruibarbo, acelgas, espargos, alcachofras, espinafres) e frutas (morangos, abacate, limão, ameixas, toranjas) da época, se possível de origem local. Não consuma qualquer outro alimento durante toda a duração da cura. Se for demasiado difícil, pode comer ocasionalmente uma porção de arroz integral ou semi-integral. Em todo o caso, não se trata de uma dieta; é preciso comer para saciar a fome, nem mais nem menos.
Na Primavera, a ideia é revitalizar rapidamente o organismo, dar-lhe um estímulo para ficar em harmonia com o ambiente que renasce e sustentar a subida em flecha das funções genitais e supra-renais.
Prepare minuciosamente um pequeno-almoço “caseiro” à base de especiarias, cereais e frutos da época que mistura numa taça e rega, eventualmente, com uma bebida vegetal:
Para acompanhar este pequeno-almoço, uma infusão de gengibre não muito quente (quando a água começa a ferver, juntar o gengibre cortado finamente e prolongar a infusão durante 20 minutos) bem como uma cura de extracto de gengibre normalizado a 20% de gingeróis (2 cápsulas por dia durante 3 semanas). Os gingeróis são os principais princípios activos do gengibre: são-lhe reconhecidas virtudes antioxidantes excepcionais (4-5), quer cozidos como crus.
Por último, um suplemento de vitamina C enquanto se espera pelas frutas e legumes de Verão (nomeadamente os frutos vermelhos e os pimentos que têm muita); 1 cápsula de Triple C de manhã, ao pequeno-almoço.
Um dos remédios menos utilizados para afastar as insónias primaveris (muito frequentes) são os passeios em plena natureza. Simples, natural, cientificamente comprovado e sem quaisquer desvantagens, começa a voltar a ser popular no Japão com o nome de “banho de floresta”.
Bastam alguns minutos na floresta para fazer subir os indicadores da vitalidade, reforçar a imunidade (6), diminuir o stress (7) e propiciar o desabrochar e o adormecer (8). Investigadores do Forestry and Forest Products Research Institute demonstraram assim que o sangue de pessoas que haviam caminhado nos bosques era menos rico em cortisol (uma hormona que desempenha um papel decisivo no surgimento do stress) do que o das pessoas que haviam caminhado a mesma distância em cidade.
Este efeito quase miraculoso pode ser explicado por vários mecanismos:
A Primavera é um momento ideal para retomar estes passeios em plena natureza. Os raios de sol ainda não são nocivos pois a Terra está demasiado longe do sol; é portanto possível oferecer-se um passeio a qualquer hora do dia, usufruindo da luz do sol.
É também o momento de sintetizar o máximo de vitamina D para repor os stocks esgotados durante o Inverno, durante o qual o sol raramente apareceu. Um suplemento de vitamina D é mais do que recomendado caso não exerça a sua actividade no exterior e se o nível de luz solar na sua região não for excepcional (são muito poucos os alimentos que contêm esta vitamina); pode optar entre uma vitamina D em doses de 5000 UI ou 1000 UI em função das suas necessidades e da frequência dos seus passeios, para reconstituir o mais rápido possível os stocks e evitar as carências no próximo Inverno.
Pode acompanhar as suas saídas por extractos de valeriana e de rodiola (raiz de ouro) que ajudam a reduzir as insónias (10) e o stress (11) (quando tomados ao deitar), mas é preferível privilegiar os extractos na forma de comprimidos pois as infusões e tisanas têm um efeito diurético susceptível de desencadear despertares nocturnos. Natural Sleep Formula é um exemplo de fórmula que os contém, além do lúpulo e do triptofano.
É outra pequena arrelia primaveril: a mudança de alimentação (menos gordura e menos carnes do que no Inverno) e o aumento da actividade metabólica conduzem a uma solicitação excessiva do estômago, que produz demasiada acidez.
Reduza o seu consumo de legumes da família das aliáceas (cebolhas, alho) e não ceda aos medicamentos vendidos na farmácia (antiácidos, antagonistas H2 ou IPP)! Continue a aligeirar progressivamente as refeições (evitando deitar-se depois de ter comido) e interesse-se pelos extractos naturais como Anti-Acid Reflux Formula, uma fórmula natural contra o refluxo, que contém alcaçuz, olmo vermelho e extracto de romã.
O truque do doutor Jean-Christophe Charrié(12): um sumo de batata crua bebido imediatamente após ter sido feito (o sumo oxida muito rapidamente). As suas virtudes são explicadas pela riqueza da batata numa enzima com virtudes cicatrizantes para as mucosas.
O número de vítimas de alergias sazonais multiplicou-se por 4 em 30 anos. Infelizmente, parece que tudo se joga durante a infância! Resta apenas a possibilidade de reduzir a intensidade das crises e de atenuar as reacções inflamatórias que surgem em caso de exposição a certos pólens. Para isso, existe uma solução natural pouco conhecida: a quercetina!
Trata-se de um antioxidante de origem vegetal que inibe a produção de histamina (um neurotransmissor responsável pelos sintomas da alergia) (13-15). Talvez já tenha ouvido falar dela pois melhora a absorção da vitamina C pelo organismo e é frequentemente associada aos suplementos. Encontramo-la em suplementos dedicados como Super Quercetin (dose de 500 mg por cápsula).
E sabe em que alimentos a encontramos em maior quantidade? Nos frutos vermelhos (uvas, mirtilos, airelas, groselhas, morangos, cerejas…), sendo que os primeiros surgem… no mês de Maio. Não há dúvida, a natureza está verdadeiramente bem feita.
Referências
1. Kiso Y. Antioxidative roles of sesamin, a functional lignan in sesame seed, and it's effect on lipid- and alcohol-metabolism in the liver: a DNA microarray study. Biofactors 2004; 21(1-4): 191-6.
2. Suja KP, Jayalekshmy A, Arumughan C. Free radical scavenging behavior of antioxidant compounds of sesame (sesamum indicum L.) in DPPH(*) system. J Agric Food Chem 2004 February 25;52(4):912-5.
3. Marlett JA, McBurney MI, Slavin JL. Position of the American Dietetic Association: health implications of dietary fiber. J Am Diet Assoc. 2002;102:993-1000.
4. Chrubasik S, Pittler MH, Roufogalis BD. Zingiberis rhizoma: a comprehensive review on the ginger effect and efficacy profiles. Phytomedicine 2005 September;12(9):684-701.
5. Monograph Zingiber officinale (Ginger). Altern Med Rev 2003;8(3):331-5.
6. Li Q, Morimoto K, Kobayashi M, Inagaki H, Katsumata M, Hirata Y, Hirata K, Suzuki H, Li YJ, Wakayama Y, Kawada T, Park BJ, Ohira T, Matsui N, Kagawa T, Miyazaki Y, Krensky AM, « Visiting a forest, but not a city, increases human natural killer activity and expression of anti-cancer proteins », Int J Immunopathol Pharmacol, vol. 21, no 1,ý 2008, p. 117-27.
7. Park BJ, Tsunetsugu Y, Kasetani T, Hirano H, Kagawa T, Sato M, Miyazaki Y, « Physiological effects of Shinrin-yoku (taking in the atmosphere of the forest)--using salivary cortisol and cerebral activity as indicators », J Physiol Anthropol, vol. 26, no 2,ý 2007, p. 123-8.
8. Bratman G, Daily G et al. The benefits of nature experience: Improved affect and cognition. Landscape and Urban Planning, 138, 41-50, 2015. http://dx.doi.org/10.1016/j.landurbplan.2015.02.005
9. Bratman G, Hamilton P et al. Nature experience reduces rumination and subgenual prefrontal cortex activation. PNAS July 14, 2015. 112 (28) 8567-8572; published ahead of print June 29, 2015. https://doi.org/10.1073/pnas.1510459112
10. Fernández-San-Martín MI, Masa-Font R, et al. Effectiveness of Valerian on insomnia: a meta-analysis of randomized placebo-controlled trials. Sleep Med. 2010 Jun;11(6):505-11.
11. Bystritsky A, Kerwin L, Feusner JD. A pilot study of Rhodiola rosea (Rhodax) for generalized anxiety disorder (GAD). J Altern Complement Med. 2008 Mar;14(2):175-80.
12. Charrié JC, Clermont-Tonnerre ML. Se soigner toute l’année au naturel. Editions Prisma. Novembre 2015
13. Yoshimoto T, Furukawa M, et al. Flavonoids: potent inhibitors of arachidonate 5-lipoxygenase.Biochem Biophys Res Commun 1983 Oct 31;116(2):612-8.
Uma forma estável e potente de vitamina C, capaz de penetrar nas células, e que preserva o comprimento médio dos telómeros.
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