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21-03-2018

Nenhuma eficácia demonstrada para os medicamentos contra a artrose

medicamentos contra la artrosis Quando sofremos de artrose não sabemos com que pé dançar. Há dias em que a dor é tolerável, mas há outros em que é totalmente insuportável. E nesses momentos, o que fosse preciso, mesmo sem nexo, para a aliviar e voltar a sorrir. Uma coisa sem nexo é precisamente o que faria se decidisse recorrer a anti-inflamatórios não esteróides (AINS) ou a certos medicamentos contra a artrose (contendo nomeadamente, diacereína) segundo a célebre revista Prescrire. Na sua lista de medicamentos que são considerados mais perigosos do que benéficos, encontramo-los no meio de 90 medicamentos cujas alegações não estão verdadeiramente comprovadas ou que “apresentam uma relação benefícios-riscos desfavorável”.

De que serve aliviar (mais ou menos) as dores com um produto que vai ocasionar outros problemas de saúde? É o grande problema dos anti-inflamatórios não esteróides (AINS). Existem já centenas de estudos que mostram que – a longo prazo – a sua utilização acarreta efeitos secundários (risco acrescido de episódio cardiovascular, perfurações, toxicidade gástrica) e todas as semanas novos estudos se juntam a esta lista. Um dos mais recentes acaba de demonstrar que – a longo prazo – estes analgésicos aumentam significativamente o risco de perda auditiva (danificando os mínusculos pelos que revestem a orelha e reduzindo o afluxo de sangue à zona).

Quanto aos medicamentos que contêm diacereína, e que é suposto actuarem no processo que resulta na artrose, expõem a problemas digestivos frequentes, edemas de Quick e hepatites. Um risco demasiado grande tendo em conta o fraco interesse que apresentam relativamente à artrose.

Razões suficientes para se virar para alternativas mais suaves e igualmente eficazes, segundo a literatura científica. O ioga, por exemplo, aliviaria as dores da artrose (sobretudo as que afectam a parte inferior do corpo, como as ancas, os joelhos e os tornozelos) mesmo quando praticado na posição sentada2. E, como é óbvio, não acarreta qualquer problema a longo prazo para a saúde, muito pelo contrário! Isto é também válido para todas as actividades físicas que não sobrecarregam as articulações. É também possível usufruir dos produtos de saúde naturais como os suplementos de condroitina; depois de ter observado dois grupos de pessoas com artrose durante 2 anos, um deles a tomar um suplemento de condroitina (1200 mg/dia) e o outro objecto de um tratamento à base de celecoxib (um AINS), um grupo de investigadores mostrou que os níveis de alívio eram idênticos, mas verificou uma diminuição espectacular da perda de cartilagem nas pessoas que tomaram condroitina3. Uma vantagem considerável relativamente aos analgésicos de tipo AINS que têm tendência a acelerar o avanço da doença…



Referências
1. Brian M. Lin Sharon G. Curhan Molin Wang Roland Eavey Konstantina M. Stankovic Gary C. Curhan, Duration of Analgesic Use and Risk of Hearing Loss in Women, Am J Epidemiol (2017) 185 (1): 40-47.
2. Juyoung Park, Ruth McCaffrey et al. A Pilot Randomized Controlled Trial of the Effects of Chair Yoga on Pain and Physical Function Among Community-Dwelling Older Adults With Lower Extremity Osteoarthritis, J Am Geriatr Soc 65:592–597, 2017
3. Pelletier JP, Raynauld JP, Beaulieu AD, Bessette L, Morin F, de Brum-Fernandes AJ, Delorme P, Dorais M, Paiement P, Abram F, Martel-Pelletier J. Chondroitin sulfate efficacy versus celecoxib on knee osteoarthritis structural changes using magnetic resonance imaging: a 2-year multicentre exploratory study. Arthritis Res Ther. 3 Nov. 2016; 18(1): 256.
Encomendar os nutrientes evocados neste artigo
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A melhor forma de glucosamina, a tomar juntamente com condroitina.

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