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26-02-2018

Porque é que esperamos sempre até ao último momento para cuidar do nosso cérebro?

cérebro O nosso cérebro começa a tornar-se menos performante a partir dos 20 anos de idade. Lentamente, mas de forma contínua, as nossas capacidades mentais vão declinando com o passar dos anos, mas só reagimos quando já é demasiado tarde, quando os problemas da memória surgem ou se tornam mais insistentes. Porquê?

Porque é que passamos imenso tempo a hidratar a nossa pele, a cuidar da nossa aparência, a pentear os cabelos ou a trabalhar os músculos esquecendo-nos do mais importante – o nosso cérebro? O que é que nos impede de cuidar do órgão mais precioso do corpo humano no dia a dia? Porque é que esperamos pelos primeiros sintomas do declínio para agir?

Tomar decisões rentáveis – um mecanismo por vezes com falhas

Não temos todos a mesma capacidade de tomar decisões rentáveis a longo prazo. Os nossos traços de personalidade, a nossa educação, os comportamentos dos nossos pais, a nossa propensão para resistir aos prazeres imediatos e a nossa capacidade de nos projectarmos no futuro1 determinam as nossas escolhas. Para alguns, estas escolhas são motivadas essencialmente pelo prazer que delas tiram a curto prazo; pouco importam as consequências dos seus actos a longo prazo. Deitar-se tarde para aproveitar ao máximo o dia, adiantar continuamente deixar de fumar, preferir os ecrãs às saídas ao ar livre… Não se trata forçosamente de inconsciência, nem tão pouco de ignorância; no fundo, estas pessoas sabem aquilo que arriscam, mas não conseguem calcular o valor das vantagens e dos inconvenientes que surgirão de futuro. Para eles, tudo se passa como se as satisfações imediatas fossem vistas através de uma lupa de aumento.

Valerá mesmo a pena fazer esforços diários tendo em vista ganhos tão hipotéticos? E se nunca vivermos até essa idade? Não vale mais desfrutar do momento presente do que perdê-lo a pensar no futuro? A maior parte dos indivíduos que viram conscientemente as costas ao futuro acabam por se arrepender, mais cedo ou mais tarde. De facto, mesmo aqueles que fazem escolhas rentáveis a longo prazo para a sua saúde lamentam não ter feito mais. Por vezes, apegamo-nos à história deste vago conhecido que passou a vida a fazer as escolhas mais saudáveis do mundo e que sofreu os piores males. Mas essa história é tão triste como facciosa! Não passa de uma anedota excepcional que não reflecte o que se passa realmente na vida.

A verdade estatística é que ao chegarmos aos 60 anos (e isso acontece sempre mais cedo do que o previsto), lamentamos sistematicamente ter feito escolhas de “curto prazo”. Reparamos os erros cometidos pela versão mais jovem de nós próprios que não pensou o suficiente no seu alter-ego mais velho. Só ela poderia cuidar do que era mais importante enquanto ainda era tempo, mas não o fez.

Os neurotónicos não são naturais, e então?

Muita gente não se preocupa em estimular o cérebro porque tem a impressão de que isso não é uma coisa natural. No fundo talvez tenham razão, embora também não seja totalmente incongruente pensar que os nossos antepassados tinham os seus pequenos ingredientes secretos para envelhecer melhor. Mas é sobretudo a ligação lógica que une as duas proposições que é falsa.

Na realidade, o ser humano implementou centenas de técnicas “não naturais” para optimizar e estimular as suas funções cognitivas. Na escola, os nossos professores passam o tempo a melhorar o funcionamento do nosso cérebro transmitindo-nos muitas informações e ensinando-nos melhores métodos para as utilizar. Dominamos diariamente dezenas de técnicas adquiridas por aprendizagem e utilizamos truques e até substâncias bem conhecidas (como o café) para melhorar o nosso estado de vigília e os nossos desempenhos. Questionamo-nos sobre se essas coisas são naturais? É preciso ser lúcido: as nossas casas, as nossas roupas e até mesmo a nossa alimentação já não correspondem às condições naturais da nossa espécie. E não podemos fazer grande coisa sobre isso…

Por outro lado, todos sabemos que a actividade física, a qualidade do sono e a nutrição contribuem para preservar e estimular as funções cognitivas do cérebro. Nestes exemplos, trata-se de meios naturais de o fazer, mas os investigadores mostraram nos últimos anos que os mecanismos pelos quais operam são os mesmos que os dos suplementos nutricionais.

Todos conduzem a modificações bioquímicas que contribuem para prevenir o declínio cognitivo (efeitos crónicos) mas também para induzir humores e comportamentos positivos (efeitos agudos). No caso da actividade física, as modificações do metabolismo periférico vão influenciar a disponibilidade de alguns precursores de neurotransmissores que vão atravessar a barreira hemato-encefálica e aumentar a síntese cerebral dos neurotransmissores correspondentes2-3.

Por exemplo, quando se pratica actividade física, observa-se um aumento da incorporação dos aminoácidos ditos “de cadeia ramificada” nos processos oxidativos. Este aumento é acompanhado por uma subida da produção de triptofano ao nível do fígado e por uma melhoria da sua transferência até ao cérebro. Ora, o triptofano propicia a síntese da serotonina – um neurotransmissor envolvido nos estados de humor, no sono, na memorização, na cognição e na luta contra as agressões do sistema nervoso central4.

Os suplementos nutricionais como o L-Tryptophan ou o 5-HTP baseiam-se no mesmo mecanismo: ao fornecer ao organismo precursores capazes de atravessar a barreira hemato-encefálica – como o triptofano – propicia-se a produção de certos neurotransmissores e actua-se no comportamento e na estimulação do cérebro a longo prazo. Com o N-Acetyl L-Tyrosine passa-se o mesmo: fornece-se tirosina ao cérebro, que propicia a síntese de várias catecolaminas (a epinefrina, a norepinefrina e a dopamina) que desempenham um papel na orientação dos novos estímulos, na vigília, na memória ou na aprendizagem5.

Sabe-se também que a actividade física actua em outras vias neuroquímicas, nomeadamente na produção de um factor de crescimento cerebral, o brain-derived neurotrophic factor (BDNF). Esta substância estimula a neurogénese, ou seja, o fabrico de novos neurónios pelo cérebro, o que contribui para erradicar o declínio cognitivo e melhorar a memória a longo prazo. Também neste caso, suplementos como o Noopept, um dos melhores neuroestimulantes disponíveis no mercado, inspiram-se nestas reacções em cadeia estimulando a produção deste factor de crescimento cerebral.

Todos estes suplementos “neurotónicos” que se inspiram nos mecanismos de acção naturais, são interessantes porque não é certo que o nosso cérebro seja tão estimulado como o eram os dos nossos antepassados longínquos. Se pensarmos bem, as fontes de estimulação a que estavam sujeitos deviam ser amplamente superiores às nossas. Era preciso interpretar permanentemente os sinais exteriores (visuais, olfactivos ou sensoriais) para adivinhar a presença de presas ou de potenciais predadores, conhecer e reconhecer centenas e centenas de plantas e fungos e provavelmente percorrer dezenas de quilómetros por dia para dar resposta a todas as necessidades…

O medo de agir no cérebro

Há uma última razão que explica porque razão hesitamos em potenciar as nossas capacidades cognitivas. Afinal estamos a falar do órgão mais complexo, mais importante e mais frágil de todo o organismo; é portanto normal ter receio de intervir à sua escala. Se sofre de uma doenças neurodegenerativas grave, aceita com certeza os efeitos secundários de um medicamento que lhe permita combater a doença, mesmo que esses efeitos sejam graves. Mas não se passa o mesmo se está de saúde e deseja simplesmente cuidar do seu cérebro e atrasar o respectivo declínio.

Actualmente, não qualquer medicamento destinado aos indivíduos saudáveis para reforçar ou estimular as funções cognitivas, dado que a nossa sociedade está alicerçada na reparação e não na prevenção. Razão pela qual surpreendemos regularmente estudantes, desportistas ou mesmo pessoas cujas profissões são exigentes no plano cognitivo (como cirurgiões ou pilotos de avião) a contornar a utilização de medicamentos inicialmente concebidos para tratar outras doenças. Com todos os riscos que isso comporta!

É uma outra razão que leva a escolher suplementos nutricionais como o Neuro-Nutrition Formula ou o Neurex™ cujos mecanismos de acção são mais subtis, menos directos e especificamente estudados para estimular e regenerar as funções cognitivas.

Entretanto, reflicta bem nas consequências das suas escolhas actuais. As suas decisões são motivadas unicamente por lógicas de curto prazo? Por vezes pensa nas consequências que os seus actos irão ter na versão futura de si próprio? Suportaria ver os seus amigos manter a vivacidade de espírito enquanto você teria grande dificuldade em se lembrar do nome deles?

Referências
1. B.-B. Chen, W. Qu, Life history strategies and procrastination: The role of environmental unpredictability, Personality and Individual Differences 117 (2017) 23–29
2. Chaouloff F. (1989). Physical exercise and brain monoamines: a review. Acta Physiol. Scand., 137: 1-13. [
3. Guezennec C.Y. Duclos M. (2010). Le sport change aussi la tête. La Recherche, 40: 48-51.
4. Birdsall TC. 5-Hydroxytryptophan: A Clinically-Effective Serotonin Precursor. Altern Med Rev 1998; 3: 271-80.
5. Mahoney, C. R., Castellani, J., Kramer, F. M., Young, A., and Lieberman, H. R. Tyrosine supplementation mitigates working memory decrements during cold exposure. Physiol Behav. 11-23-2007; 92(4): 575-582.
Encomendar os nutrientes evocados neste artigo
L-Tryptophan

Um aminoácido essencial, precursor da serotonina, da melatonina e da niacina

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5-HTP

Estimula a síntese da serotonina

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N-Acetyl L-Tyrosine

Rapidamente convertida em noradrenalina e dopamina

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Noopept

Melhora a memória, o humor e a criatividade

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Neuro-Nutrition Formula

Nova fórmula para uma neuro-protecção ideal

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Neurex™

Uma fórmula potente e sinérgica para prevenir ou retardar a degenerescência cerebral.

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