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11-12-2017

AHCC - a história de um cogumelo japonês que faz soar a revolta do sistema imunitário

Muito antes de chegada dos medicamentos, o ser humano já sabia utilizar as propriedades dos elementos vivos para se curar. Alguns cogumelos, por exemplo, eram utilizados para reforçar as defesas imunitárias. Milhares de anos mais tarde, a ciência vem validar a experiência dos antigos e os seus conhecimentos empíricos: os estudos demonstram actualmente que os cogumelos, nomeadamente os da família do shiitake, conseguem mesmo potenciar a capacidade imunitária1-5. E na corrida para a compreensão dos mecanismos, os investigadores já estão próximos da linha da meta. Um novo estudo sobre o AHCC, este suplemento natural japonês à base de cogumelos, permitiu compreender melhor os efeitos imuno-estimulantes dos seres que povoam as nossas florestas…

Um extracto de cogumelos para reforçar o sistema imunitário

O AHCC (Active Hexose Correlated Compound) é um extracto de cogumelos da família dos basidiomicetos, composto por 74% de cadeias oligosacáridas. Integra os imuno-estimulantes naturais; isto significa que os seus constituintes conseguem beneficiar a resposta imunitária do organismo face a agressões exteriores ou a células cancerosas. Ao consumi-lo, permitimos assim teoricamente que o nosso sistema imunitário se oponha de forma mais eficaz aos ataques que sofre. Face aos vírus da gripe, por exemplo, tal consumo pode ser suficiente para escorraçar mais rapidamente o intruso, evitar a infecção ou reduzir a gravidade desta. Face a doenças mais graves, como o cancro, uma melhor imunidade a longo prazo pode influenciar o resultado de uma terapia para o lado correcto; a cura fica a dever-se por vezes a muito pouco... Como diabo é que as suas moléculas atacam? É uma questão que deixou muito tempo perplexos os investigadores mas que, hoje em dia, está quase esclarecida.

Os polissacáridos do AHCC aumentam a eficácia dos linfócitos NK

Os investigadores aperceberam-se de que as cadeias longas de glúcidos do AHCC aumentavam o recrutamento, a actividade e a eficácia de células muito particulares: os linfócitos NK6 (Natural Killers, ou seja Assassinos naturais). Trata-se de células que se mantêm inalteradas desde o nascimento até à morte do indivíduo; não se adaptam aos intrusos que vão encontrando. A sua principal missão é matar todas as células que encontram no seu caminho. Dizemos que são as primeiras defesas da imunidade: a sentinela. Felizmente, são capazes de reconhecer os seus semelhantes, graças a receptores membranares específicos, e nesse caso, inibem o seu poder destruidor. As substâncias químicas destruidoras neles contidas (perforina, granzima, serglicina) são então preciosamente guardados para as outras células, as que são estranhas ou que são tão anómalas que parecem estranhas7. É o caso, nomeadamente, das células tumorais cujas membranas celulares apresentam frequentemente caracteres aberrantes. Quando estas anormalidades são suficientemente numerosas, os linfócitos NK decidem atacar. São também capazes de reconhecer as células que estão ligadas a anticorpos, um sinal de que outras células imunitárias as identificaram como sendo inquietantes. A sorte que lhes está reservada é igualmente funesta. Neste plano, são de facto as primeiras defesas da imunidade. Mas não devem ser comparadas a esta primeira linha de soldados que se sacrificam de cabeça baixa, sem reflectir. As células NK fazem muito mais do que isso. Estão, por exemplo, encarregadas de segregar mensagens químicas, as citocinas (interferão-y, TNF-β, TNF-β, GM-CSF, IL-10 e IL-13), que vão coordenar, regular ou recrutar todos os outros constituintes da defesa do corpo8. Por outras palavras, são eles que formulam as ordens e que gerem a sua aplicação!
  • Ao segregar IFN-γ, activam macrófagos que, por sua vez, produzem moléculas como o monóxido de azoto, reputado pelos seus efeitos destruidores dos microrganismos patogénicos.
  • A segregar TNF-β e proteínas Fas, induzem a morte de células tumorais.
  • Propiciam também a maturação e a activação das células dendríticas, dos macrófagos e dos linfócitos T – outras células imunitárias importantes.
Trata-se portanto de uma unidade fundamental cuja coesão, qualidade e número pode decidir o resultado de uma batalha ou de uma guerra.

Um efeito específico do AHCC contra o cancro

Mas os benefícios do AHCC observados pelos investigadores relativamente aos cancros do estômago, do cólon, dos ovários ou mesmo do fígado não se explicam apenas pela estimulação da imunidade e da vigilância acrescida dos linfócitos NK face às células tumorais. Na verdade, as cadeias de polissacáridos do AHCC interferem directamente com um mecanismo envolvido no desenvolvimento dos cancros.
No início deste mecanismo, encontramos o factor de transcrição STAT3 – um complexo de proteínas que passeia livremente no citoplasma das células e que é perfeitamente inofensivo. Mas quando determinados mensageiros químicos se fixam nele, o factor STAT3 consegue penetrar no núcleo para activar certos genes, que não tinham expressão até esse momento. Estes genes têm a capacidade de impedir que as células morram, desactivando o processo normal de senescência, mas também aumentando a resistência aos linfócitos NK que desejariam destruí-las. Não constitui portanto surpresa ver estes genes com uma expressão exacerbada nos cancros; ao conferir às células tumorais um poder de invencibilidade, asseguram a proliferação e a imortalidade do tumor completo9.
Para evitar tornar as células cancerosas imortais e resistentes às células da imunidade, seria preciso impedir que o factor de transcrição STAT3 activasse os genes que lhe correspondem. Quer impedindo que este factor penetre no núcleo, quer impedindo que os mensageiros químicos específicos se fixem nele para o activar. Ora, é exactamente isso que fazem as cadeias α-1,4-glucanos do AHCC10. Graças à sua interacção com uma família de proteínas – as SHP-1 – conseguem inibir o factor de transcrição e, dessa forma, combater o desenvolvimento dos cancros.

Uma diferença que pode pesar muito na balança

Ao aumentar o número e a toxicidade dos Natural Killers e das outras células imunitárias, mas também interferindo com o mecanismo que contribui para tornar imortais as células cancerosas, o AHHC é um suplemento ter em séria consideração em caso de imunodeficiências, mas também em caso de combate afincado contra a doença (como o cancro).
Quando é difícil vencer um combate, a mínima vantagem pode fazer a diferença no final de contas. E a vantagem imunitária conferida pelo AHCC está longe de ser insignificante… Eis a lista de pessoas que teria vantagens em o utilizar para melhorar a qualidade das suas respostas imunitárias:
  • As pessoas que combatem o cancro.
  • As pessoas que dormem mal ou pouco.
  • As pessoas cuja alimentação não é suficientemente rica em micronutrientes.
  • As pessoas stressadas.
  • As pessoas que fumam ou que consomem muito álcool.
  • As pessoas expostas diariamente a poluentes.
  • As pessoas cujo sistema imunitário está enfraquecido pela idade ou por uma doença.
  • As pessoas que desejam maximizar as suas hipóteses de não contrair infecções de Inverno (gastroentrite, constipações, gripe, etc.).



Referências :
1. Burikhanov, R. B., Wakame, K., Igarashi, Y., Wang, S., and Matsuzaki, S. Suppressive effect of active hexose correlated compound (AHCC) on thymic apoptosis induced by dexamethasone in the rat. Endocr.Regul. 2000;34(4):181-188.
2. Gao, Y., Zhang, D., Sun, B., Fujii, H., Kosuna, K., and Yin, Z. Active hexose correlated compound enhances tumor surveillance through regulating both innate and adaptive immune responses. Cancer Immunol.Immunother. 2006;55(10):1258-1266.
3. Ritz, B. W., Nogusa, S., Ackerman, E. A., and Gardner, E. M. Supplementation with active hexose correlated compound increases the innate immune response of young mice to primary influenza infection. J Nutr. 2006;136(11):2868-2873.
4. Aviles, H., O'Donnell, P., Sun, B., and Sonnenfeld, G. Active hexose correlated compound (AHCC) enhances resistance to infection in a mouse model of surgical wound infection. Surg.Infect.(Larchmt.) 2006;7(6):527-535.
5. Ritz, B. W. Supplementation with active hexose correlated compound increases survival following infectious challenge in mice. Nutr.Rev. 2008;66(9):526-531.
6. Ye SF, Ichimura K, Wakame K, Ohe M. Suppressive effects of Active Hexose Correlated Compound on the increased activity of hepatic and renal ornithine decarboxylase induced by oxidative stress. Life Sci 2003;74:593-602.
7. Moretta, L., et al., Allorecognition by NK cells: nonself or no self? Immunol Today, 1992. 13(8): p. 300-6.
8. Vivier, E., et al., Functions of natural killer cells. Nat Immunol, 2008. 9(5): p. 503-10.
9. Cai L, Zhang G, Tong X, You Q, An Y, et al.: Growth inhibition of human ovarian cancer cells by blocking STAT3 activation with small interfering RNA. Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol 148, 73–80, 2010.
10. Jin Young Choi, Seul Lee, Sun-Mi Yun, Dong Hoon Suh, Kidong Kim, Jae Hong No, Eun-Hwan Jeong & Yong Beom Kim (2017): Active Hexose Correlated Compound (AHCC) Inhibits the Proliferation of Ovarian Cancer Cells by Suppressing Signal Transducer and Activator of Transcription 3 (STAT3) Activation, Nutrition and Cancer, DOI: 10.1080/01635581.2018.1380203
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