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07-11-2016

Rhodiola rosea, Suntheanine® e stress

Rhodiola - thenanine e stress Em doses pequenas, o stress bom fornece a energia necessária para melhorar os nossos desempenhos e permite obter rapidamente reacções adequadas e que ultrapassemos os nossos limites. Quando é intenso e, sobretudo, muito repetido, o stress pode pôr em perigo o nosso equilíbrio e a nossa saúde. Suplementos nutricionais extraídos de plantas como a Rhodiola rosea, ou a Suntheanine® extraída das folhas de chá verde podem ajudar a controlar melhora a nossa reacção ao stress e a relaxarmos.

Para se defender contra um stress, uma emoção, um perigo, o organismo faz intervir essencialmente dois mecanismos.
- Primeiro, a adrenalina e a noradrenalina – duas catecolaminas segregadas, respectivamente, pela glândula supra-renal e pelas terminações nervosas do sistema nervoso simpático – fornecem uma resposta imediata e múltipla: mobilizam o organismo para fornecer mais rapidamente o máximo de energia ao cérebro e aos músculos.
- Depois, entram em acção a hipófise e o córtex supra-renal. O hipotálamo segrega uma hormona, a CRF (corticotrophin releasing factor), que estimula a hipófise. Esta liberta no sangue a ACTH (corticotrofina) indispensável à secreção dos corticosteróides (cortisona, cortisol...) pela glândula supra-renal. O cortisol, conhecido por hormona do stress, é conhecido por ter uma acção hiperglicemiante. Em doses elevadas, estimula o catabolismo proteico (a formação dos aminoácidos). Quando o stress se prolonga, são segregadas quantidades elevadas de cortisol, que podem originar lesões do sistema límbico, implicado na emoção, bem como uma diminuição das defesas imunitárias. Por outro lado, o CRF libertado pelo hipotálamo propicia a secreção de beta-endorfina, uma parente da morfina, que combate a dor.

Quando a reacção ao stress assume o poder no organismo, torna-se impossível relaxar convenientemente. Tal leva ao aparecimento de vários sintomas; nomeadamente, a memória deteriora-se, a qualidade do sono diminui, acompanhada pelo aparecimento de insónias, a concentração torna-se difícil… A longo prazo, podem também manifestar-se perturbações na saúde. É preciso saber que as hormonas-stress exercem perturbações profundas no sistema imunitário. É portanto especialmente importante conseguir gerir o stress e contrariar as suas consequências.

Rhodiola rosea para ultrapassar os efeitos do stress e da fadiga

Rhodiola A medicina tradicional utiliza a Rhodiola rosea para aumentar a resistência física, a produtividade no trabalho, a longevidade e a resistência às vertigens, bem como para tratar a fadiga, a depressão, a anemia, a impotência, os problemas gastrointestinais, as infecções ou as perturbações do sistema nervoso.
A Rhodiola rosea foi classificada pela investigação científica russa como um adaptogénico. Este termo, criado em 1947 por Lazarev, define todo e qualquer agente que permite ao organismo combater um stress nefasto físico, químico ou biológico, gerando uma resistência não específica. Na verdade, pode comparar-se a utilidade de uma planta adaptogénica à do treino de um atleta antes de uma competição. Ela prepara o organismo para se adaptar ao stress. Quando surge um acontecimento stressante, ela gera uma adaptação generalizada que permite ao organismo controlar a sua situação de stress.
Num teste de resistência física, a administração de Rhodiola rosea a ratos aumenta o tempo que conseguem nadar em 135 a 159%. Quando os animais tratados são sujeitos durante quatro horas a um stress não específico, o aumento previsível dos níveis de beta-endorfina não é observado ou apenas é observado em fraca medida. Os investigadores concluíram que a toma de um suplemento de Rhodiola rosea podia reduzir, ou mesmo prevenir totalmente, as perturbações do eixo hipotálamo-hipófise-supra-renal induzidas pelo stress. A toma do suplemento parece ter preparado os animais para reagirem de forma mais adequada a uma situação stressante1.
A diminuição dos desempenhos intelectuais e físicos dos médicos submetidos a turnos da noite prolongados é bem conhecida.
Alguns cientistas avaliaram o efeito da administração de 170 mg de um extracto de Rhodiola rosea durante 14 dias nos desempenhos intelectuais e na fadiga de 56 médicos, homens e mulheres, com idades compreendidas entre os 24 e 35 anos, durante turnos da noite. O desempenho intelectual foi avaliado por meio de testes que determinavam a rapidez de percepção visual e auditiva, a capacidade de atenção e a memória a curto prazo. Calculou-se um índice de fadiga a partir desta bateria de testes. O ensaio foi dividido em três períodos:
    - duas semanas de teste com a toma diária de um comprimido de Rhodiola rosea ou um placebo,
    - duas semanas sem tratamento,
    - duas semanas durante as quais os tratamentos foram invertidos.
No grupo que tomava o extracto de Rhodiola observou-se uma melhoria significativa do índice de fadiga durante as duas primeiras semanas, bem como uma melhoria dos desempenhos intelectuais, que voltaram ao nível base durante o período de interrupção do tratamento. Pelo contrário, a toma de Rhodiola rosea durante as duas últimas semanas de turno da noite não conseguiu inverter de forma significativa a diminuição dos desempenhos intelectuais entretanto instalada 2.

O efeito de 100 mg diários de Rhodiola rosea foi avaliado num estudo em dupla ocultação de 20 dias envolvendo 60 estudantes de medicina indianos durante os seus estudos na Rússia. Este ensaio foi realizado durante a época de exames de fim de curso. Apesar da fraca dose utilizada, os investigadores constataram uma melhoria do bem-estar geral, do desempenho intelectual e do funcionamento psicomotor. Os estudantes relataram uma melhoria dos seus hábitos de sono, uma diminuição da necessidade de dormir, um humor mais estável e uma maior motivação para o estudo 3.

Um estudo aleatório realizado em dupla ocultação e controlado por placebo4 foi definido para estudar os efeitos anti-stress e estimulante de uma dose única de Rhodiola rosea em jovens saudáveis num contexto de fadiga e de stress. A população estudada era constituída por 161 cadetes militares russos.
Entre as 4 e 5 horas da tarde, após um dia típico de treinos e exercícios, eram submetidos a três séries de testes diferentes incidindo sobre a sua capacidade de trabalho intelectual:
    - testes de avaliação da sua percepção visual e do processo de informação,
    - testes de avaliação da memória de curto prazo,
    - testes implicando funções intelectuais mais exigentes.
Os cadetes prosseguiam depois o seu serviço durante o resto da noite e uma parte da manhã.
Às 4 horas da madrugada, um grupo de cadetes tomava duas cápsulas de Rhodiola rosea (185 mg por cápsula), um outro grupo tomava três cápsulas, um terceiro tomava um placebo e um quarto grupo de controlo não tomava nada. Para avaliar os resultados, os investigadores criaram uma medica calculada do desempenho que baptizaram de índice anti-fadiga (IAF). Esta medida combinava a quantidade de trabalho intelectual conseguido por unidade de tempo e a qualidade de tal trabalho. Os resultados mostraram que os cadetes privados de sono e stressados que tinham tomado Rhodiola rosea apresentavam significativamente menos fadiga que os que tinham tomado um placebo ou não tinham tomado nada.

O efeito relaxante e estimulante da teanina

Thenanine O interesse pela teanina surgiu da observação contraditória de que o chá verde, apesar da sua forte concentração em cafeína, possui um real efeito calmante.
A L-teanina foi isolada das folhas de chá verde em 1945 por cientistas japoneses. A sua presença no chá preto e no chá oolong foi observada um pouco mais tarde.
A teanina é um aminoácido que se encontra no chá e que tem efeitos calmantes. A grande maioria das pesquisas foi realizada sobre um produto patenteado chamado Suntheanine®. É importante salientar que a Suntheanine® apenas contém a forma pura “L” da teanina e não a forma “D” – sem interesse bioquímico.
Estudos realizados com modelos animais e in vitro revelaram o que acontece à L-teanina depois de ser ingerida por via oral. É absorvida no sangue através da membrana do intestino delgado após 30 minutos de contacto. Depois é facilmente transportada até ao cérebro transpondo a barreira hemato-encefálica. Uma hora após a sua toma, as concentrações de L-teanina no cérebro aumentam de forma significativa, atingindo um pico após decorridas cinco horas. A L-teanina não parece acumular-se, sendo metabolizada no sangue, no fígado e no cérebro, e depois completamente eliminada na urina num período de 24 horas.

Os estudos mostraram que a Suntheanine® exerce uma acção positiva nas ondas dos impulsos eléctricos do cérebro e que tem inúmeros efeitos benéficos, nomeadamente o de aliviar o stress.
As ondas cerebrais dividem-se em ondas alfa, beta, gama e teta, consoante o estado mental. A geração de ondas alfa é considerada um sinal de relaxamento e de vigília. Nos voluntários, foram geradas vagas alfa nas regiões occipital e parietal 40 minutos após a ingestão de 50 a 200 mg de teanina, indicando um relaxamento sem sonolência 5.
Este efeito é comparável ao que produziria uma massagem ou um banho quente. Contrariamente aos tranquilizantes, não interfere com a capacidade de raciocínio. Estudos realizados com roedores mostram que ela estimula a capacidade de aprendizagem e a memória.
A L-teanina influencia a libertação e a concentração de diferentes neurotransmissores. Aumenta os níveis da dopamina, pode elevar ou baixar os de serotonina e aumenta os de ácido gama-amino-butírico (GABA) no cérebro. Cada um destes neurotransmissores pode desempenhar um papel de mediador da capacidade da L-teanina para modular o humor (criando uma sensação de relaxamento e assim propiciar uma sensação de bem-estar) bem como realizar um determinado número de outras acções, demonstradas em estudos com modelos animais, como estimular a memória e a capacidade de aprender e regular a tensão arterial.
Ao propiciar uma sensação de relaxamento e de bem-estar sem interferir com as capacidades cognitivas, a L-teanina permite potenciar a concentração e a determinação, em particular nos indivíduos sujeitos a um stress intenso. Isso melhora a capacidade de aprendizagem e de memorização. Ao aumentar as concentrações de dopamina e de GABA e ao influenciar as concentrações de serotonina no cérebro, a L-teanina pode também ajudar a diminuir a tensão arterial e a inibir os efeitos estimulantes da cafeína.
Realizou-se um estudo para avaliar o efeito da L-teanina na percepção da fadiga. Foram testados 20 voluntários saudáveis com idades compreendidas entre 30 e 55 anos apresentando fadiga constante há mais de um mês sem que nenhuma doença subjacente dela seja responsável. Os sujeitos tomaram durante sete dias consecutivos um placebo ou uma solução-teste contendo 200 mg de Suntheanine®.
Os tratamentos foram depois invertidos durante uma semana adicional. Utilizou-se um electroencefalograma para medir as ondas cerebrais uma hora após cada toma e aplicou-se um questionário para medir a sensibilidade à fadiga antes e após cada um dos períodos de sete dias. Após sete dias de toma de L-teanina, mas não de placebo, observou-se um aumento das ondas alfa e uma diminuição dos índices de fadiga nos sujeitos mais ansiosos. Estes resultados sugerem que a L-teanina propicia eficazmente o relaxamento mental e alivia a sensação de fadiga 6.

Melhora a qualidade do sono

Como a L-teanina não aparenta produzir ondas teta no cérebro, não induz sonolência nem propicia directamente o sono por um efeito sedativo. Apesar disso, demonstrou-se que melhora a qualidade do sono e o torna mais profundo e melhora o estado de sonho sem aumentar a duração do sono nem provocar embrutecimento ao acordar 7. Num estudo realizado em dupla ocultação, 26 homens saudáveis (13 operários com idades entre 25 e 36 anos e 13 estudantes com idades entre 20 a 33 anos) sentiram-se mais repousados e mais satisfeitos tomando L-teanina do que tomando um placebo.
Este estudo englobou dois períodos de tratamento de seis noites com um período inicial de adaptação de três noites e um dia sem tomar nada antes de inverter os dois tratamentos. Os sujeitos tomavam 200 mg de L-teanina (4 comprimidos de 50 mg de Suntheanine®) ou quatro comprimidos de placebo uma hora antes do deitar. Durante a fase de análise do sono respondiam todas as manhãs a questionários sobre o seu estado de espírito, a sua facilidade/dificuldade em adormecer e a qualidade do seu sono. Foram analisados os hábitos e sono e de vigília. Não se observou qualquer diferença nas sensações de vontade de dormir durante o dia entre a toma de L-teanina e a do placebo, o que confirma que a L-teanina não provoca sonolência.




1- Lishmanov I.B. et al., Plasma beta-endorphin and stress hormones in stress and adaptation, Bull. Eksp. Biol. Med., 1987; 103: 422-424.
2- Darbinyan V. et al., Rhodiola rosea in stress induced fatigue a double blind cross-over study of a standardized extract SHR-5 with a repeated low-dose regimen on the mental performance of healthy physicians during night duty, Phytomedicine, 2000; 7: 365-371.
3- A double-blind, placebo-controlled pilot study of stimulating and adaptogenic effect of Rhodiola rosea SHR-6 extract on the fatigue of student caused by stress during examination period with repeated low-dose regimen, Phytomedicine, 2000; 7(2):78-8.
4- Shevtsov V.A. et al., A randomized trial of two different doses of a SHR-5 Rhodiola rosea extract versus placebo and control of capacity for mental work, Phytomedicine, 2003; 10: 95-105.
5- Mason R., M.S., “L-theanine boosts alpha waves, promote alert relaxation” Alternative complementary therapies, The official Journal of the Society of Integrative Medicine, vol. 7, n° 2, 91-94, April 2001.
6- Song C.H. et al., The effects of L-theanine - containing functional beverage on mental relaxation and fatigue perception, J. Korean Acad. Fam. Med., 2002; 23(5); 637-45.
7- Ozeki M. et al., “The effects of theanine on sleep with the actigraph as physical indicator”, Proceedings from the 50th Japanese society of physiological anthropology conference, 2003 Oct 25, presentation 1-2 Jpn. J. Physiologic anthropol., 2003; 8 (special issue 2) 26-7.
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