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12-11-2013

Melatonina: um sonífero natural

Finalmente, a União Europeia autorizou um produto natural que ajuda a dormir melhor: a melatonina.

Na minha opinião, as pessoas que interditaram esta substância natural durante tantos anos, sem qualquer argumento científico, quando os problemas relacionados com o sono atingem 25 a 40% da população, cometeram um grave erro face aos seus concidadãos.

No limite, um advogado algo astuto poderia persegui-los por terem:
    1. intoxicado milhões de pessoas obrigando-as a recorrer aos soníferos químicos, as benzodiazepinas, que são verdadeiros venenos, ao passo que a melatonina é natural e inofensiva;
    2. contribuído para esvaziar os cofres dos serviços nacionais de saúde pela sua estupidez (ou corrupção?!): contrariamente aos soníferos industriais, a melatonina é muito barata e não está sujeira a qualquer patente ; custo portanto muito menos;
    3. privado as populações de uma substância natural e inócua, que tem muitos outros efeitos benéficos para a saúde.
Mas sejamos positivos e voltemos aos benefícios que pode a partir de agora tirar da melatonina:

Um meio eficaz contra a insónia

Assim que a luz do dia enfraquece, a epífise cerebral – situada no seu cérebro – começa a segregar melatonina. Esta substância, que é uma hormona natural, prepara o seu organismo para o sono e para o repouso.

Na verdade, a epífise cerebral está directamente ligada aos nervos ópticos; está directamente ligada à luz. É por esta razão que a melatonina é conhecida como o relógio que regula o seu relógio biológico, também denominado ciclo de vigília-sono ou ritmo circadiano. É a razão pela qual os invisuais têm frequentemente dificuldade em dormir.

Todos os organismos vivos sem excepção possuem melatonina: animais, plantas, algas, bactérias, etc. Isso permite-lhes adaptarem-se ao dia e à noite e também às estações do ano.

Segundos os investigadores, a melatonina estaria ligada ao aparecimento da vida na terra e será uma das mais antigas moléculas que se manteve inalterada desde os primórdios da humanidade.

Ora, inúmeros factores muito presentes na vida moderna abrandam ou bloqueiam a produção da melatonina: luz eléctrica, medicamentos, ondas electromagnéticas.

Tomar um pouco de melatonina à noite antes do deitar pode por conseguinte ajudar quem sofre de insónias a recuperar um sono reparador e de qualidade. Mas antes de lhe dizer como, examinemos estes factores anti melatonina, pois é antes de mais protegendo-se deles que poderá melhorar o seu sono:

Os medicamentos

De todos os factores conhecidos por destruírem as reservas naturais de melatonina, excluindo o tabaco e o álcool, o consumo regular de determinados medicamentos é sem dúvida o mais temível e, em particular, soníferos e ansiolíticos – actualmente prescritos pelos médicos para melhorar o sono!!!

Isto é particularmente chocante quando sabemos que, apesar de o uso deste tipo de medicamentos estar desaconselhado por períodos superiores a um mês, uma pessoa em cada cinco (22% da população francesa) faz uso deles por períodos maiores.

Mais inquietante ainda, estes medicamentos são cada vez consumidos por jovens; 6% dos indivíduos com menos de 25 anos de idade declaram tomar estes medicamentos.

Por último, quase metade (49%) das pessoas com mais de 75 anos declaram tomá-los regularmente, apesar de se suspeitar que esta família de medicamentos propicia determinadas doenças do sistema nervoso como a doença de Alzheimer!

Não faz sentido.

E infelizmente, os soníferos e os ansiolíticos não são os únicos medicamentos que destroem a melatonina. O mesmo se passa com a aspirina, o ibuprofeno, os beta-bloqueadores, os antagonistas do cálcio, os anti-inflamatórios não esteróides – ao todo 75 medicamentos com mais de 120 substâncias diferentes consumidos regularmente por milhões de pessoas em todo o mundo.

Os beta-bloqueadores, em particular, são tão eficazes contra a melatonina que são utilizados em laboratório pelos investigadores para anular a produção de melatonina nos animais, com fins experimentais. Trata-se de medicamentos prescritos com muita frequência para a tensão arterial e determinadas arritmias cardíacas (Propanolol).

Os pacientes que os tomam não devem surpreender-se por ter insónias. Uma dose inferior a metade da posologia habitual é suficiente para interromper a segregação de melatonina no ser humana, como demonstrou em 1992 o Dr. G.M.Braun. (1)

Os campos electromagnéticos fazem também baixar os níveis de melatonina.

Se aplicarmos campos magnéticos na cabeça de roedores, não só os níveis de melatonina destes baixam quase 50% como esses campos magnéticos levam a uma disfunção da epífise cerebral, que segrega a melatonina.

Ora, se viver numa cidade moderna, o seu organismo está provavelmente rodeado de ondas magnéticas provenientes de várias origens: telemóveis, rádios, antenas, aparelhos eléctricos. O nosso corpo não consegue distinguir entre os campos magnéticos naturais e os campos magnéticos artificiais. Esta poluição invisíveis afecta directamente a melatonina, o que poderia explicar a razão pela qual os problemas relacionados com o sono são uma epidemia em constante aumento nos países industrializados.

Uma em cada cinco pessoas em França apresenta uma insónia crónica acompanhada de uma fadiga ou sonolência excessiva durante o dia.

As preocupações da vida, o stress, o modo de vida, a higiene de vida, o trabalho, etc. não são as únicas explicações para o fenómeno.

Quem pode tomar e porquê?

A melatonina poderá sobretudo ajudá-lo se:
    • adormece tarde à noite e acorda demasiado cedo;
    • acorda com frequência durante a noite e dormita ou faz sestas durante o dia;
    • tem dificuldade em adormecer.
    • trabalha por turnos (enfermeiros, pilotos, etc.)
A toma de um suplemento de melatonina não afecta a segregação natural desta substância pela epífise cerebral a curto, a médio nem a longo prazo. O que quer dizer que não existe fenómeno de habituação.

Uma vantagem determinante da melatonina é que não afecta a memória nem as funções cognitivas – contrariamente ao verificado com os medicamentos da classe dos soníferos e ansiolíticos.

A melatonina é uma substância particularmente eficaz para quem, tendo ultrapassado os 45 anos, tem um sono de má qualidade, acordando com frequência.

Jet lag

Vários estudos mostram que a melatonina atenua consideravelmente os sintomas provocados pelas diferenças no fuso horário. Permite não só adormecer mais rapidamente à chegada ao destino, como sobretudo adaptar o seu ritmo biológico à hora local. Ao regular desta forma o relógio interno, a melatonina reduz para metade o número de dias durante os quais se sofre habitualmente de jet lag.

Por esta razão é actualmente amplamente utilizada pelos pilotos e hospedeiras de bordo.

Que dose tomar?

Para dormir uma pequena dose de melatonina é mais eficaz do que uma grande. O efeito sente-se a partir de 1 mg/dia, devendo a toma ser feita meia hora antes do deitar.

Se tomar mais de 2 mg/dia, o efeito é ainda mais eficaz no sono, mas pode originar sonolências na manhã do dia seguinte. Pode testar doses diferentes para determinar você mesmo qual a sua tolerância.

Toxicidade

A melatonina é considerada pelas autoridades como um produto muito seguro. Desde 16 de Maio de 2012, as empresas que comercializam a melatonina estão autorizadas a indicar na embalagem que “contribui para atenuar os efeitos do jet lag” e para “reduzir o tempo que se demora a adormecer” (Regulamento (UE) n.°432/2012 da Comissão).

Tendo em conta a dificuldade extrema que Bruxelas tem em autorizar este tipo de alegações terapêuticas para produtos naturais de venda livre, trata-se de um reconhecimento muito sólido para a melatonina.

Contudo, caso sofra de cancro ou de epilepsia, nunca deverá tomar melatonina sem supervisão médica. Caso pretenda beneficiar destes efeitos da melatonina como complemento de uma quimioterapia, deverá fazê-lo unicamente com o acordo do seu médico.

À sua saúde!

Jean-Marc Dupuis

Esta circular foi elaborada com base na adaptação de um artigo inicialmente publicado em santenatureinnovation.com, com o acordo destes.



Fontes:

(1) Long J.W. et Rybacki J.J..The essential guide to prescription drugs-1995, New York: Harperperrenial, 1995, p.863
Encomendar os nutrientes evocados neste artigo
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