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19-10-2016

Oxitocina: o péptido do prazer

Oxytocin Ternura e sensualidade: um produto com efeitos espantosos

Produtos que supostamente restabelecem as funções sexuais, mas não dão desejo nem prazer. É esta a história dos diversos produtos químicos vendidos pela indústria farmacêutica para pretensamente remediar as situações de impotência.

Na base deste fracasso estão fabricantes que se esqueceram que o amor não se limita a um acto mecânico. O primeiro órgão sexual do homem e da mulher é, na verdade… o cérebro. Se não se passar nada “na cabeça”, se os dois amantes não sentirem previamente uma profunda ternura um pelo outro, nenhum produto estimulante permitirá reproduzir artificialmente a magnífica experiência do Amor (com A maiúsculo).

Mas a Natureza conhece há milénios o segredo daquilo que o homem não conseguiu fazer. E esta substância extraordinária foi identificada pelos cientistas; é natural e está actualmente à disposição de todos aqueles que sabem que amor e sexualidade perdem muito quando dissociados.

A substância que nos torna capazes de amar

O nosso hipotálamo – uma região do cérebro – fabrica um pequeno péptido (uma cadeia de aminoácidos) chamado oxitocina.

A oxitocina é primeiramente fabricada pela mãe no momento do parto e durante a amamentação. É esta substância que estaria na origem do instinto maternal e da ligação profunda que se estabelece, desde os primeiros instantes, entre a mãe e o bebé. Nos anos noventa do século XX, os investigadores confirmaram que as mulheres que amamentavam eram mais calmas e mais afectuosas com os outros (e não só com o bebé) do que as que davam biberão. A diferença foi atribuída aos efeitos da oxitocina.

Mas a oxitocina existe também no homem, no qual desempenha um papel igualmente importante. Na verdade, investigações posteriores revelaram que a oxitocina contribui para forjar todos os tipos de ligações profundas não só com os próprios filhos como também com a sua companheira, amigos, relações profissionais e até mesmo animais de companhia.

A oxitocina é, portanto, a substância que nos torna sociáveis, nos aproxima dos outros e propicia o amor. A oxitocina pode mesmo “transformar” as experiências potencialmente stressantes em sentimentos de alegria e de amor. Dessa forma, a intensa produção de oxitocina pela mulher no momento do parto pode permitir-lhe viver esse momento como uma profunda experiência de felicidade, apesar da intensidade incrível da dor.

A oxitocina aproxima os cônjuges

A oxitocina cria entre duas pessoas um sentimento de ternura e pode originar o nascimento do profundo sentimento de ligação que lhes dará o desejo de ser unirem sexualmente. É nessa altura que se exprime toda a sua potência dado que, durante o acto sexual, o cérebro do homem e, sobretudo, o da mulher são literalmente inundados de oxitocina. Concretamente, este efeito traduz-se por uma cascata de reacções hormonais que levam a um desejo cada vez maior de acariciar e ser acariciado, a uma maior sensibilidade nas zonas erógenas e a uma excitação que dá a impressão de se estar a perder a cabeça. É quando se verifica um pico de oxitocina que a mulher vivencia orgasmos múltiplos. No caso do homem, a sua potência e a intensidade do seu desejo e do seu prazer sexual são multiplicados.

O nível de oxitocina baixa com a idade

Com o avanço da idade, a quantidade de oxitocina produzida pelo hipotálamo baixa consideravelmente, o que pode explicar o porquê de os indivíduos idosos poderem ter maiores dificuldades em ligar-se a novas pessoas, em sentir-se atraídos fisicamente pelo outro e em terem uma maior tendência para a depressão.
É possível que uma pessoa sofra de falta de oxitocina quando verifica em si:

  • uma má gestão do stress crónico
  • uma tendência para a solidão
  • depressão
  • ansiedade, angústia e sono de má qualidade
  • adições diversas (álcool, drogas…)
  • pulsões alimentares
  • hipotiroidismo.

A oxitocina faz reencontrar a qualidade das relações sentimentais

A toma de oxitocina pode ser necessária para restabelecer os níveis naturais, aqueles que a pessoas tinha há alguns anos, ou mesmo há dezenas de anos, quando a sua capacidade de sentir o prazer e o afecto estava no seu auge.

A toma de um suplemento em oxitocina vai aumentar a sociabilidade, a gentileza, as relações sentimentais, a ternura, o desejo de estar junto e a fidelidade entre amigos e amantes.

A toma de oxitocina permite também o reforço da sociabilidade, a melhoria da sexualidade e pode até facilitar a perda de peso. Ajuda a regular o sono, tranquiliza e contribui para um sentimento geral de bem-estar.

Outros benefícios para a saúde

Apesar de não serem ainda conhecidos todos os mecanismos da oxitocina, os investigadores pensam que os seus benefícios para a saúde resultam da sua capacidade de combater a ansiedade, o stress e os efeitos do cortisol, a hormona do stress – que agrava quase todas as doenças (excesso de peso, obesidade, dor, cancro…).

Ela seria uma das razões pelas quais, por exemplo, as pessoas que têm animais de companhia têm tendência a recuperar mais rapidamente a seguir a uma doença. Ela explicaria a razão pela qual as pessoas casadas têm tendência a viver mais tempo e por que razão os grupos de apoio são muito benéficos para os indivíduos com cancro.

Outros técnicos notaram também uma melhoria de determinados sintomas: nas crianças com problemas do espectro do autismo, nos adultos com esquizofrenia ou ainda fibromialgia, em particular naqueles cujos níveis de oxitocina no sangue era muito baixo.

Para uma eficácia real, preferir o spray nasal

A oxitocina é muitas vezes vendida na forma de comprimido sublingual ou oral, mas estas formas de administração são muito menos eficazes que o spray nasal.

Com efeito, comparativamente às outras formas. o spray nasal permite um efeito directo, inalterado, imediato e que se mantém durante mais tempo.

Tendo em conta a sua capacidade de reforçar as ligações afectivas, de alimentar os sentimentos de intimidade sexual e de melhorar a qualidade dos orgasmos, a oxitocina é sem dúvida o “remédio natural” que mais se assemelha a um filtro do amor.
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