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08-03-2011

Melhorar a protecção dos olhos

Protection de l'oeilHá vários anos que se conhecem os efeitos benéficos da luteína, da zeaxantina e da mesozeaxantina na saúde dos olhos. Protegem os tecidos da retina e do cristalino, ajudando assim a prevenir as cataratas e as degenerescências maculares associadas à idade.
Recentemente, um grupo de investigadores descobriu que os flavonóides como a cianidina-3-glucósido (ou C3G), que encontramos nas bagas ou no arroz selvagem, melhoram a visão e reforçam a visão noturna. Interferem de forma benéfica nos processos moleculares que aceleram a restauração da rodopsina, o pigmento presente nas células fotorreceptoras do olho. A rodopsina é responsável pela sensibilidade do olho à luz sendo, por isso, indispensável para uma boa visão nocturna.
Por seu lado, a astaxantina alivia a fadiga ocular e proporciona uma protecção adicional contra as alterações inflamatórias susceptíveis de agravar a degenerescência macular bem como contra os efeitos nefastos de uma pressão ocular elevada.

La cyanidine-3-glycoside améliore la vision nocturne


A rodopsina, ou púrpura retiniana, é um pigmento fotossensível presente nas células fotorreceptoras (os cones e os bastonetes) da retina. É responsável pela sensibilidade do olho à luz, e consequentemente, pela visão nocturna. Com o passar dos anos, a capacidade de regeneração da rodopsina diminui, o que resulta numa perda progressiva da visão nocturna.
Em condições de visão normais, captamos a luz quando os fotões (partículas de luz) atravessam a lente do olho - o cristalino - e atingem a retina. O olho foi concebido para receber a luz e transformá-la em imagens através dos cones e dos bastonetes. Os cones captam a luz e os bastonetes são muito sensíveis à escuridão. A rodopsina é usada, essencialmente, pelos bastonetes.
A rodopsina é formada por uma proteína - a opsina - na qual se fixa o retineno ou retinal (um aldeído da vitamina A). O processo da visão consiste na recepção de um fotão de energia apropriada por uma molécula de rodopsina, que - ao provocar a cisão das duas moléculas de que é formada - desencadeia uma reacção enviando ao centro de visão do cérebro um sinal que permite fabricar imagens no escuro. De seguida, o retinal e a opsina voltam a combinar-se em rodopsina.
A cisão da rodopsina em retinal e opsina é praticamente instantânea. Contudo, podem decorrer várias dezenas de minutos até que a opsina e o retinal reconstituam a rodopsina e reponham o seu nível ideal. Durante este período, a capacidade de ver no escuro sofre perturbações. O envelhecimento está directamente associado a uma redução na capacidade de regeneração da rodopsina.
A cianidina-3-glucósido (C3G) é um pigmento púrpura da família dos flavonóides. À semelhança da maioria dos flavonóides, trata-se de um potente antioxidante que constitui - no ambiente de alta energia da retina entregue aos ataques virulentos dos radicais livres - um factor de protecção muito importante.
Investigadores japoneses descobriram que a C3G estimula a regeneração da rodopsina nas células da retina de animais 1. Outros trabalhos mostraram que a C3G se liga directamente à rodopsina, criando uma alteração na estrutura molecular que acelera a sua regeneração 2. Um estudo realizado com voluntários saudáveis indicou que a C3G ajudava os idosos a ver melhor no escuro, trinta minutos apenas após a sua ingestão 3.
A C3G, graças nomeadamente às suas propriedades antioxidantes, possui inúmeros outros efeitos benéficos e contribui, juntamente com outros nutrientes, para a protecção do olho contra os ataques radicalares.

A luteína, a zeaxantina e a mesozeaxantina protegem a retina

A luteína, a zeaxantina e a mesozeaxantina - três carotenóides xantófilos - constituem o pigmento macular. Este pigmento macular constitui uma camada protectora que absorve a luz azul e os raios ultravioletas.
A luz azul possui uma energia extremamente elevada, capaz de provocar lesões foto-oxidativas e uma oxidação dos lípidos perigosa para a retina e o cristalino. Quando lesa a mácula e as células fotorreceptoras do olho, desenvolve-se uma degenerescência macular associada à idade ; quando ataca o cristalino, aparece uma catarata.
A luteína e a zeaxantina estão presentes nas células fotorreceptoras, nos segmentos exteriores dos bastonetes responsáveis pela detecção das radiações luminosas. Com sua membrana exterior rica em ácidos gordos poli-insaturados, os bastonetes são particularmente sensíveis aos ataques radicalares. A luteína e a zeaxantina proporcionam-lhes uma protecção eficaz.
Estes três carotenóides são também potentes antioxidantes, capazes de neutralizar os radicais livres destruidores que são libertados quando a energia luminosa interage com os tecidos frágeis do olho. Quando o pigmento macular tem uma densidade suficiente, consegue neutralizar a foto-oxidação filtrando a luz azul e também reduzir a ofuscação e a aberração cromática, bem como melhorar o contraste e a acuidade visual.
A densidade do pigmento macular diminui com o passar dos anos. Vários estudos mostraram que a toma de um suplemento em luteína, zeaxantina e mesozeaxantina permite reforçar a espessura do pigmento macular, fornecendo uma protecção contra a DMLA 4.
LutéineAs cataratas são uma outra causa principal de cegueira. A oxidação das proteínas do cristalino desempenha um papel crucial no desenvolvimento desta doença. Estudos mostraram que a luteína e a zeaxantina protegem as células do cristalino dos danos provocados pela luz ultravioleta, um factor importante no desenvolvimento das cataratas. Estes estudos sugerem que a luteína e a zeaxantina protegem contra as cataratas prevenindo o stress oxidativo provocado no olho pela luz do sol 5.
Agindo para os olhos como uma espécie de filtro solar, a luteína e a zeaxantina melhoram as reacções do olho à ofuscação 6.


A astaxantina ajuda a aliviar a fadiga ocular


Mesmo em condições ergonómicas ideais de iluminação e correcção visual, uma semana de trabalho passada em frente ao ecrã de um computador pesa significativamente nos músculos oculares, que ficam cansados e enfraquecidos com o tempo.

Zeaxanthine

Durante o trabalho ao computador, os olhos são bombardeados continuamente com luz viva e estímulos visuais com origem a uma curta distância. Tal resulta num aumento da duração da acomodação que leva a uma fadiga ocular.
A fadiga ocular, ou astenopia, caracteriza-se nomeadamente por um enfraquecimento ocular, uma irritação dos olhos e dificuldades de acomodação ocular. A acomodação é o tempo necessário para mudar de ponto de focagem quando se passa de um trabalho a curta distância para uma distância maior e inversamente.
A sensibilidade à ofuscação pode igualmente ser superior e pode verificar-se uma perturbação da percepção da profundida. Podem também surgir outros sintomas, que se agravam entre a manhã e a noite, sobretudo nas pessoas que passam entre quatro a sete horas seguidas frente ao ecrã de um computador.
A astaxantina é um carotenóide que se encontra nas algas e se acumula nos tecidos do salmão, da truta, do camarão e de outros peixes e mariscos, conferindo-lhes a cor rosa. Vários estudos indicam que a toma de um suplemento em astaxantina previne parcialmente o aumento da duração da acomodação ocular, ajudando assim a reduzir a fadiga dos olhos. A astaxantina melhora igualmente o fluxo sanguíneo na retina 7.
A astaxantina apresenta uma solubilidade elevada nas gorduras, o que lhe confere uma grande afinidade para a membrana celular rica em lípidos, vital para a saúde dos olhos e o funcionamento celular no seu todo. Por outro lado, as suas potentes propriedades antioxidantes ajudam a proteger - juntamente com a luteína e a zeaxantina - os tecidos do cristalino contra os efeitos nefastos dos radicais livres.
Alterações inflamatórias contribuem também para lesões a longo prazo na retina, essencialmente pelo impacto na saúde dos pequenos vasos sanguíneos dos olhos. A astaxantina reduz a inflamação dos olhos:
• contendo os sinais pró-inflamatórios do óxido nítrico sintetase, da prostaglandina E2 e do FNT-alfa 8,
• regulando por baixo a via de sinalização importante muito controlada pelo factor nuclear kB que rege a resposta celular à inflamação 9,
• protegendo o ADN dos danos provocados por espécies de azoto reactivas10.
AstaxanthineOs efeitos anti-inflamatórios da astaxantina exercem igualmente uma protecção dos tecidos da retina contra o que designamos por degenerescência macular "húmida" ou exsudativa associada à idade, reduzindo a formação de novos vasos sanguíneos observada na fase avançada desta doença. Finalmente, a astaxantina opõe-se à destruição das células da retina quando a pressão intra ocular aumenta, uma característica do glaucoma, outra causa de cegueira nos idosos.

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Referências:


1. Matsumoto H. et al., Stimutalory effect of cyanidin-3-glycosides on the regeneration of rhodopsin. J. Agric. Food. Chem. 2003 Jun. 4 ; 51(12) : 3560-3.
2. Tirupula K. C. et al., pH-dependent interaction of rhodopsin with cyanidin-3-glucoside. Structural aspects. Photochem. Photobiol. 2009 Mar.-Apr. ;85(2) : 463-70.
3. Nakaishi H. et al., Effects of black current anthocyanoside intake on dark adaptation and VDRT work-induced transient refractive alteration in healthy humans, Alt. Med. Rev. 2000 Dec. ; 5(6) : 553-62.
4. SanGiovanni J. P. et al., The relationship of dietary carotenoid and vitamin A, E et C intake with age-related macular degeneration in a case-control study, AREDS report n° 22, Arch. Ophtalm., 2007 Sept., 125(9):1225-32.
5. Chitchumroonchokchai C. et al., Xantophylls and alpha-tocopherol decrease UVB-induced lipid peroxidation and stress signaling in human lens epithelial cells, J. Nutr., 2004 Dec., 134(12):3225-32.
6. Stringham J. M. et al., Macular pigment and visual performance under glare conditions, Optom. Vis. Sci., 2008 Feb., 85(2):82-8.
7. Takahashi Nanako et al., Effects of astaxanthin on accommodative recovery, Journal of Clinical Therapeutics & Medicines, 2005, 21(4):431-436.
8. Ohgami K. et al., Effects of astaxanthin on lipopolysaccharide-induced inflammation in vitro and in vivo. Invest. Ophtalmol. Vis. Sci. 2003 Jun. ; 44(6):2694-701.
9. Suzuki Y. et al., Suppressive effects of astaxanthin against rat endotoxin-induced uveitis by inhibiting the NF-kappa B signaling pathway. Exp. Eye Res. 2006 Feb. ;82(2):275-81.
10. Santocono M. et al., Lutein, zeaxanthin and astaxanthin protect against DNA damage in SK-N-SH human neuroblastoma cells induced by reactive nitrogen species. J. Photochem. Photobiol. B 2007 Jul. 27 ; 88(1):1-10.

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